A capacidade Lula dizer asneiras e barbaridades sem
compromisso com a precisão ou verdade é histórica. Já rendeu até um livro do
Ali Kammel- o Dicionário do Lula- entretanto
algo parece ter piorado na mente do presidente nos últimos tempos, mostrando um
total desligamento da realidade. Lula conta, no entanto, com indulto geral de
boa parte da imprensa e dos movimentos que costumam gritar nas redes contra
tudo, todos, em todo lugar, desde que seja adversário.
Durante a pandemia, ele já havia dito: “Ainda bem que a
natureza, contra a vontade da humanidade, criou esse monstro chamado
coronavírus. Porque esse monstro está permitindo que os cegos comecem a
enxergar que apenas o Estado é capaz de dar solução a determinadas crises.'
Mais recentemente ele apontou o lado bom da escravidão de
ter produzido a miscigenação, mas o pior estava por vir. Mostrando todo rancor
e raiva com que voltou ao cargo e esquecendo o personagem paz e amor da
campanha ele declarou que só ia ficar bem após “ foder o Moro” e disse que estava
ali para se vingar.
No dia seguinte a PF do seu governo desmantelou um plano de
uma organização criminosa para matar Sérgio Moro e família e outras autoridades
públicas. Ao invés de se escandalizar com o crime organizado- frequentemente
apontado como parceiro de um “ diálogo cabuloso” com o PT- ele preferiu
debochar e rir da situação esquecendo completamente do cargo que ocupa.
“É visível que é uma armação do Moro. Mas vou pesquisar e
saber da sentença. (…) Não vou atacar ninguém sem ter provas. Se for mais uma
armação, ele vai ficar mais desmascarado ainda. Não sei o que ele vai fazer da
vida se continuar mentindo”.
A língua de Lula rebaixou o cargo que ocupa, desmoralizou sua própria PF e seu Ministro da Justiça, o
Ministério Público de São Paulo, o Senado e a Câmara, que se mobilizaram para proteger os ameaçados.
Lula sabe que sua língua vil produziu uma dessas frases que fica impregnada na
biografia como um lodo, um horror. Os adversários devem estar vibrando.
Frase do dia
Ao ser perguntado pelo blog esquerdista Brasil 247 sobre seu
período preso na sede da PF em Curitiba, Lula disse: “De vez em quando um
procurador entrava lá dia de sábado, ou de semana, para visitar, se estava tudo
bem. Entrava 3 ou 4 procuradores e perguntava ‘tá tudo bem?'”.
“Eu falava ‘não está tudo bem. Só vai estar bem quando eu foder esse Moro’. Vocês cortam a palavra ‘foder" , aí" …’ Eu tô aqui pra me vingar dessa gente”, concluiu.
?Evidente que todo governo tem um sistema de segurança com o objetivo de vigiar, espionar, monitorizar, qualquer cidadão que pareça uma ameaça ao Estado. Seria desconhecimento da realidade imaginar que isso não acontece. O Jornal O Globo mostrou que durante os três primeiros anos do governo Bolsonaro, a Abin utilizou o programa "FirstMile", que permite a geolocalização de alvos por meio do número de celular. O programa foi comprado em 2018.
Na prática, qualquer celular
poderia ser monitorado pelo programa sem uma justificativa oficial. Ele era
usado sem a necessidade de registros sobre quais pesquisas foram realizadas. Um programa com esse potencial não pode ficar
a mercê dos políticos e sem vigilância dos órgãos reguladores pelo risco de ser
utilizado por adversários políticos com os piores objetivos.
O combate a corrupção e usurpação da máquina pública é uma
luta permanente e se dá em avanços mínimos. Um destes foi a Lei das Estatais. Com
seus 97 artigos, trouxe alguma ordem sob a ocupação de cargos nas empresas
estatais por políticos e agentes públicos. Agora, para atender a interesses
partidários – com os quais tem demonstrado rematada e vergonhosa afinidade – o
ministro, ao invés de rejeitar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin)
7331, contra a Lei das Estatais (Lei 13.303/2016), suspendeu trechos da lei.
Proposta pelo PCdoB, a Adin 7331 questiona os dispositivos
que restringem as indicações, para empresas estatais, de conselheiros e
diretores titulares de alguns cargos públicos ou que tenham atuado, nos três
anos anteriores, na estrutura de partido político ou em campanha eleitoral. A
lei de 2016 foi definida pelo Congresso, em votação, portanto, seu
atropelamento, por uma liminar monocrática, é uma afronta e um desrespeito. O
STF virou um cabide jurídico para perdedores de votações no Congresso.
Evidente que uma lei, com o tempo, pode necessitar de ajustes.
Pela mudança dinâmica natural, pode-se questionar se os critérios estão
adequados ao momento, os erros e acertos de sua existência, mas esse debate, em
respeito aos princípios democráticos e separação dos poderes, deve ser feito no
Legislativo, e não na agenda pessoal de um membro da Suprema Corte.
O Estado Democrático de Direito não é o estado soberano dos desejos pessoais de um partido ou ministro. Nós não podemos continuar vivendo esse desmando jurídico que o STF tem legado ao país, como se fosse um poder paralelo. Deste, já basta o do crime organizado com o qual já temos de conviver.
Os governos do PT costumam ser um fracasso no combate à
criminalidade. Aqui, na Bahia, o estado tem sido campeão de mortes violentas,
por anos seguidos, em um crescimento explosivo e descontrolado. As medidas
tomadas estão sempre aquém do necessário.
Agora, em ação típica de organização criminosa, o Rio Grande
do Norte, da governadora Fátima Bezerra (PT), está colocado sob ataque e
terror. O Estado, mais uma vez, falhou em sua prevenção e intervenção.
No estado criminal chamado Brasil, é bom o governo da Bahia (PT) botar as barbas de molho ou as tropas nas ruas, de forma continuada, e não apenas pontual, se não quiser ver reeditada as cenas de terror que já vimos.