Nenhum outro trio merece mais a cadeia do que Renan, Sarney e Jucá. Entretanto é difícil compreender o jogo que acontece em Brasília entre o MP, de Janot, e o STF. Tola ilusão imaginar que é só o que vemos norteia estas ações.
Quando Sérgio Moro vazou o áudio de Dilma e Lula obstruindo a Justiça, jogou xadrez. Apostou sua obra e os resultados da Lava Jato no impedimento da posse de Lula como ministro, o que, certamente, teria mudado o rumo da situação.
Agora, Janot pediu a prisão do trio por obstrução à Justiça, o que foi negado por Teori, que tem se comportando muito bem. Por mais leigos que sejamos, as conversas dos três não parecem suficientes para um pedido de prisão por obstrução judicial, e soa estranho, pois as acusações de roubo e corrupção parecem muito mais consistentes. Não ficaria bem a um procurador usar o vazamento como elemento de punição, mesmo sabendo que houvesse dificuldade de produzir provas.
Tentou Janot pressionar o STF, que costuma sentar sob processos, e ao permitir vazamentos garantir que o sigilo fosse suspenso, pois não faria mais sentido, e com isso garantir que toda a extensão do depoimento de Machado fosse liberada? De Temer a Jandira Feghalli? Jogou xadrez, Janot?
Tentou a prisão dos três, sabendo que não a obteria, e com isso tornou um segundo pedido de prisão da cúpula do PMDB algo mais difícil? Não sei e acho que ninguém sabe.
A única coisa que creio certa é que este pedido de prisão - merecida, ressalto -, por motivos menos consistentes, foi peça de um jogo político, não uma mera ação judicial.
Não tem como deixar de considerar algo medíocre quem tem apenas o dinheiro como limite na vida e molda discursos, afetos, amizades, guiado por este alvo, incapaz de um gesto existencial puro e simples. A compra indiscriminada de todas as relações, se lhe concede os favores e os confortos do dinheiro farto, acabam fazendo com que a vida seja apequenada e isenta das realizações das conquistas pessoais, pois sempre estará servindo, sem escolhas, à ambição da facilidade ou a políticos. E a servidão a um político é a pior das escravidões, pois carece de escrúpulos.
Sérgio Machado desviou, segundo ele mesmo, R$100 milhões da Transpetro. E colocou os filhos para fazer o trabalho sujo. Sérgio Machado é apenas um dos infinitos Sérgios Machados a tirar saúde, educação, merenda, investimentos, do povo brasileiro. É revoltante. Nenhuma delação premiada vale a liberdade de um bandido serial como ele.
"Extrair o máximo possível de recursos ilícitos para repassar aos políticos que o garantiam no cargo".
Talvez as orações, de foro íntimo, tenham me ajudado a ter uma conduta pela qual nunca fui alvo da Justiça. Ao contrário de Blairo.
(do ministro Marcos Pereira, do Desenvolvimento, sobre Blairo Maggi ter dito a Temer que seria ‘impossível’ ter um bispo como ministro da Agricultura)
As obras seguem dia e noite. A pergunta é: quando o Inema deu autorização para construção? Antes ou depois da prefeitura? E, se foi antes, isso por acaso isenta a prefeitura da responsabilidade? É interessante visitar o site da Tribuna Feirense. Lá, em uma sessão chamada Tribuna Contou podemos ver matéria de 2002 sobre a Agenda 21. Em outra matéria de 2008 noticia-se a criação de uma Comissão para elaborar planos de ações de Preservação Ambiental, inclusive anunciando-se a realização de georeferenciamento. A Lagoa Salgada que faz parte da bacia do Subaé seria a primeira. Como podemos ver tantos anos depois foi só conversa fiada para boi dormir nas lagoas invadidas.