Entre os muitos aspectos a serem
debatidos em uma eleição, erros e acertos, alguns chamam a atenção. Um deles foi o cruzamento eleitoral entre os
baianos, mostrando que o desrespeito a fidelidade correu solto no reservadinho
da urna. Observem que Lula teve 72,12% dos votos e Bolsonaro 27,88%. Já para governador
Jeronimo teve 52,79% e ACM Neto teve 47,21% . Ou seja, 20% dos votos dados a
Lula não acompanharam o governador do PT e
foram para o candidato a governador adversário. Isso sinaliza algumas
coisas. Primeiro que o carlismo e o petismo vivem uma simbiose de longa data em
que as fronteiras já deixaram de existir em muitos locais. Segundo que os
baianos não dariam a vitória ao partido se não fosse a candidatura de Lula que
está incorporada ao imaginário do nosso povo de forma muito consistente. A
pequena diferença de votos ( 473.000) exemplifica isso de modo indiscutÃvel.
A mensagem final deixada nas
urnas é que o baiano tem esperança em Lula, mas está insatisfeito com o desempenho do governo do
estado na administração pública. É a voz rouca das ruas gritando para o partido
e dizendo que é preciso que aproveitem Lula no governo federal para que a Bahia
seja tratada como merece ( e não foi nos governos presidenciais anteriores) até
por retribuição aos votos decisivos para a vitória dele. E sinalizando que, se
não o fizerem, e Lula estiver fora da próxima disputa, as dificuldades poderão
se tornar insuperáveis.
Bolsonaro pergunta a Lula sobre Geddel que foi preso com R$58 milhões escondidos em um apartamento e agora coordena a campanha do PT no estado. Que vergonha o PT na Bahia, diz Bolsonaro e pergunta se Geddel vai ser ministro? E pergunta como a Bahia ainda vai votar no PT? Diz que a violência no Nordeste aumentou 140% e que Lula não levou água aquela região, levou violência. Lula diz que não tem de falar sobre Geddel e sim a PolÃcia e diz que vai debater outros temas mais importantes.