Mendonça de Barros, economista, mostrou que o petróleo está sendo vendido a US$40 dólares o barril. O Canadá está produzindo a US$80 e vendendo a US$20, isso sem contar os 500 mil barris/dia que Irã voltará a vender após fazer o acordo nuclear com os EUA. Logo, explorar pré-sal não será viável, a Petrobras não volta ao valor que tinha e a economia russa terá uma séria crise ano que vem. A Venezuela, que vive de produto único, vai comer mais um pouco do pão que o diabo amassou. Ele também disse que o dólar não volta a cair mais e deve ficar ao redor de R$3,50, com eventuais valores mais altos.
Barros disse também que os alugueis e imóveis estão caindo de preço em São Paulo, em valores absolutos, algo que ele nunca viu, assim como a queda em degrau do PIB. Ele disse que teremos PIB negativo este ano, no ano que vem também, e que a inflação em 2016 voltará para 5%, não por melhoria da economia, mas pela recessão. Ou como disse, podemos ser uma Grécia, mas sem ter a Alemanha para nos salvar.
Pérsio Arida, pai do Plano Real, em exposição brilhante disse que ajuste se faz como na Inglaterra, com corte no custeio e não com aumento de impostos. Falou que o Brasil precisa abrir a economia (hoje nossos acordos comerciais, acreditem se quiserem!, são com a Argentina e Venezuela) e que enquanto as economias andinas crescem nós amargamos a recessão. Será doloroso, mas Saúde e Educação precisam deixar de ser indexados ao PIB. E que se continuarmos com a Previdência sem mudarmos a idade de aposentadoria não haverá como atravessar o deserto em que o PT nos meteu.
Abílio Diniz, ex Pão de Açúcar, foi otimista com a economia, mas disse que precisa botar Lula, FHC e Temer numa sala e só abrir quando tiverem uma solução. Perguntado se Dilma faria isso, ele respondeu que havia dito Lula e não Dilma. Foi um riso geral.
O governo Dilma explodiu as contas para ganhar a eleição, motivo pelo qual apresentou um relatório de contas ao TCU completamente irregular. Agora, será preciso tomar medidas drásticas para recuperar a economia mais adiante, mas ninguém leva Dilma em consideração, como se fosse capaz de liderar nada, nem de comandar o governo. Estamos acéfalos, entregues às facções internas do poder. E ao Deus dará.