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Grito da água: protesto contra privatização da água é realizado em Feira de Santana

21 de Março de 2016 | 15h 42
Grito da água: protesto contra privatização da água é realizado em Feira de Santana
Foto: Ed Santos/Acorda Cidade

Daniela Cardoso

Um protesto contra a privatização da água foi realizado na manhã desta segunda-feira (21), no Centro de Feira de Santana. De acordo com Edmilson Barbosa, que faz parte do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e meio Ambiente da Bahia (Sindae), esse movimento acontece há 16 anos em Salvador e esta é a primeira vez que ocorre em Feira de Santana, para lembrar o Dia Mundial da Água, comemorado amanhã, dia 22 de março. Ele afirma que o interesse pela privatização da água já é uma coisa que o sindicato vem acompanhando há cerca de 30 anos.

“A gente sabe que existe um interesse da iniciativa privada de querer, através de parceria público privado, fazer a gestão da água nas localidades, mesmo que a lei diga que de direito a concessão é do município. Então o responsável legal pela concessão da operacionalização da questão da água e do saneamento básico, de um modo geral, é do município. A gente observa em Feira várias movimentações pela privatização, pois é uma cidade que tem uma grande arrecadação com relação a questão da água e o interesse é muito grande até pelo tamanho da cidade e pela geografia”, afirmou.

De acordo com Edmilson, nenhuma privatização de serviços de bem público é interessante para a população. Ele afirma que com a privatização, as tarifas se tornam muito mais caras, mais inacessíveis. Além disso, ainda conforme afirmou, não existe interesse nenhum do setor privado em fazer, por exemplo, a expansão do saneamento rural, pois não tem nenhum retorno econômico.

“A gente sabe que a água, enquanto bem público, deve ser mantida pelo estado e a gente não pode deixar privatizar. A população seria prejudicada primeiramente nesses quesitos e posteriormente na ineficiência desses serviços e na falta de contato direto com as empresas”, afirmou.

De acordo com o sindicalista, falar da privatização da Embasa em 100% é muito difícil, mas não é impossível. Ele lembra que em 2014 o sindicato revogou o projeto de lei que autorizava a privatização da Embasa e que hoje em dia se trabalha com a concessão municipal. Edmilson afirma ainda que se tratando de privatização, os municípios mais rentáveis, são os que vão ser explorados pela iniciativa privada, a exemplo de Feira de Santana.

Edmilson Barbosa afirmou ainda que o movimento do sindicato sempre foi de rua, conscientizando as pessoas sobre a importância das questões ligadas ao meio ambiente. Este ano, o sindicato destaca o tema da Campanha da Fraternidade, que é ‘Casa Comum, A importância do Saneamento Básico’. Edmilson associa a epidemia do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika e chikungunya, a falta de saneamento básico.

FONTE: Acorda Cidade



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