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Glauco Wanderley

Fora do ar, sobe a audiência da TV Câmara

27 de Março de 2015 | 21h 59
Fora do ar, sobe a audiência da TV Câmara

A gestão da Câmara municipal, sob a presidência do vereador Ronny, transformou em um problema uma medida administrativa até certo ponto banal. Queria fazer nova licitação para o serviço de transmissão das sessões via web, a TV Câmara. O contrato com a Invicta Comunicação vencia em 06 de março. Não seria renovado, mas teria que ser prorrogado para que o serviço não fosse suspenso.

Mas, segundo Florêncio Mattos, diretor da empresa, Ronny comunicou, além do fim do negócio, a suspensão do pagamento dos meses de janeiro e fevereiro, porque não houve sessões. No entanto, esta ressalva não existe no contrato, que prevê pagamento mensal.

Depois, o presidente teria encarregado uma pessoa que Florêncio disse desconhecer até então, de tratar da prorrogação até a nova licitação. Com o relacionamento já azedado, Florêncio se recusou a negociar por telefone. Esperou um prometido contato do presidente, que não ocorreu, e mandou retirar os equipamentos, ao fim do contrato.

A versão do presidente, que mandou até abrir uma sindicância para investigar o rigoroso cumprimento do contrato, é outra. Disse que foi a empresa Invicta que não aceitou um aditivo de dois meses.

O caso já levou a suspeitas de um possível interesse de favorecer alguém na licitação vindoura e provocou respostas duras dos vereadores, com pedidos de processo à jornalista Lília Campos (que pelo Facebook postou uma defesa de Florêncio, insinuando que havia algo por trás da decisão de afastá-lo). Lília usou a frase “política é assim, não vale a competência, e sim o apadrinhamento”, e será mesmo processada, conforme Ronny.

Processar alguém por isso, aliás, é o mesmo que dizer que críticas são inadmissíveis, coisa que não combina com a democracia nem contribui para a imagem de um político ambicioso como Ronny.

O que mais incomodou o presidente foi uma outra frase escrita por Lília. “Acredito que ele [Florêncio] não tenha aceitado as regras do novo presidente da Câmara de Vereadores, Ronny Vieira”.

Cada um vê o que quer nesta declaração, tomada como grave ofensa. “Como presidente da Câmara não poderia deixar que esta Casa seja um motivo de chacota, como está sendo e foi interpretado por esta profissional. Ela coloca em dúvida quando diz que Florêncio não aceitou as regras deste presidente. Ela coloca em dúvida a minha imagem e, agora, vou querer saber quais regras foram essas. Do procurador desta Casa, quero uma ação judicial, de imediato, porque agora ela vai ter que dizer a esta Casa e à Justiça quais foram as regras solicitadas por este presidente e que não foram aceitas pela Invicta”.

No final das contas, com esta confusão toda, o que conta é que a TV está fora do ar e o presidente vem sendo cobrado por isso, notadamente pelos vereadores, que perderam a vitrine.

 

Alguém vai processar o Irmão Lázaro?

Numa entrevista em Brasília, disponível no You Tube, o deputado federal Irmão Lázaro diz palavras bem mais duras e explícitas sobre políticos de Feira de Santana.  Será que algum vereador se dispõe a processá-lo? Acompanhe:

“Tinha uma visão de posicionamentos errados em relação à política até por ver a vida de alguns políticos na cidade onde eu moro. A gente via políticos gastando fortunas em campanha, políticos derramando dinheiro para conseguir parcerias,então eu já sabia que alguma coisa errada tinha nesse negócio. Por exemplo, uma pessoa que gasta R$ 10 milhões numa campanha política e vai ganhar durante quatro anos R$ 1 milhão e pouco, tem alguma coisa errada”.



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