O papa Francisco voltou a criticar o capitalismo e os crimes financeiros neste sábado (4) durante um encontro com membros do grupo "Economia da Comunhão" (EdC), movimento criado no Brasil. "Quando o capitalismo torna a busca pelo lucro sua única finalidade, corre o risco de virar uma estrutura de idolatria, uma forma de culto. O 'deus da sorte' tem sido cada vez mais a nova divindade de uma certa finança e de todo o sistema que está destruindo milhões de famílias no mundo", disse o pontífice.
"O dinheiro é importante, sobretudo quando não não temos ele, e dele dependem a comida, a escola, o futuro dos filhos. Mas ele vira ídolo quando se torna a principal finalidade", afirmou. O papa também fez críticas as crimes de sonegação de impostos e evasão de divisas, alegando que essas ações, além de atos ilegais, "negam a lei fundamental da vida: o socorro recíproco". "O capilitano conhece a filantropia, mas não a comunhão. Na lógica do Evangelho, se não se doa tudo, não se doou o suficiente", ressaltou.