As denúncias e os detalhes sórdidos se desdobram em velocidade impressionante. Certo que há uma sensação que a delação premiada está virando um balcão de comércio vantajoso, mas ainda há novidades.
A delação do marqueteiro João Santana e sua mulher Monica Moura mostra que todos sabiam do dinheiro ilegal nas campanhas e que Palloci era o operador do sistema petista. Eles deram nomes e o modus operandi de recebimento do dinheiro.
Por outro lado, o engenheiro civil Emyr Costa delatou como destinou R$500 mil reais e como foi feita a obra no Sítio de Atibaia, reformado por prestígio de Lula, para Lula usar, usado por ele, mas que Lula continua negando ser dele e afirma pertencer a um amigo e como o dinheiro foi guardado em um cofre e as entregas semanais de R$100 mil que fazia para pagamento dos pedreiros.
A cada delação, cada revelação de detalhes- do sítio ou das campanhas- os acusados repetem a mesma ladainha que nada sabem, que nada existiu, embora ninguém diga que vai processar a Odebrecht por calúnia, o que seria lógico em qualquer outra situação. Ao que parece, quem cala consente.