Antes de mais nada, descupar-me por estar no ar um texto - o anterior - com um problema técnico. Algumas palavras confusas, pela inserção de símbolos. Juro que não bebi quando estava escrevendo! É assunto para o suporte. Estamos diante de uma polêmica envolvendo a Copa Nordeste, um torneio simples, mas diante da fragilidade (para não usar outro termo) dos pobres estaduais da região, algo que se torna grandioso.
Sport Recife e Náutico estão revoltados por algo ainda não muito bem esclarecido e, segundo anunciam, dispostos a não disputar mais a competição. Em 2018, salvo engano, o Sport e o Salgueiro tem vaga direta, como campeão e vice do Estadual 2017. O Santa Cruz, terceiro colocado, deve enfrentar o Itabaiana, num mata-mata-seletivo para ver quem garante participação. E o Náutico, lanterna da Série B nacional e, sei lá, quarto ou quinto na competição doméstica, estaria fora de qualquer jeito.
Os dirigentes de Sport e Náutico alegam pouca rentabilidade, algo relacionado a divisão do dinheiro arrecadado com o televisionamento dos jogos. Dizem que as cotas são rateadas em partes iguais com os times considerados menores. Ou seja: querem a maior fatia do bolo.
É como na Série A, onde Corinthians, Flamengo e companhia arrecadam quatro, cinco vezes com a tv em relação a um Bahia ou Vitória. No caso do Nordestão, não se anuncia valores, motivo pelo qual entendo como confusa a alegação de Sport e Náutico. O que me causa curiosidade é o fato de que outros grandes da região não estejam a apoiar a atitude dos dois de Pernambuco. Ceará, Fortaleza, Vitória, Bahia e o próprio Santa Cruz parecem satisfeitos.
Ato mesquinho dessas duas equipes, assim compreendido pelos demais?
A CBF, por enquanto, apenas acompanha o desenrolar dos fatos. Mas vai precisar se manifestar. Afinal de contas é uma competição por ela chancelada. Ou se solidariza com Sport e Náutico e faz valer sua autoridade para abrir uma negociação, ou apoia a forma de agir da Liga Nordeste, organizadora da competição, e nesse caso, aplica as sanções que se fazem necessárias diante da recusa de um seu filiado à disputa de um torneio oficial.
Acho que as cotas devem ser iguais, sim. Isto dá aos clubes menores a possibilidade mínima de investimento. Os grandes que procurem faturar mais por outros meios, patrocinadores, sócio-torcedor, etc. E você, caro leitor e aficionado por futebol, que pensa sobre isto?