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Política

Dono de empreiteira assina acordo de delação premiada

13 de Maio de 2015 | 09h 59

O empresário Ricardo Pessoa vai revelar o que sabe e ainda pagará multa

Dono de empreiteira assina acordo de delação premiada
O empresário Ricardo Pessoa, presidente da UTC, quando foi preso, em novembro de 2014
Após negociações que se arrastam desde janeiro, o empresário Ricardo Pessoa, dono da UTC e da Constran, viaja nesta quarta-feira (13) a Brasília para assinar o mais esperado acordo de delação da Operação Lava Jato.
 
Pessoa é o primeiro dono de empreiteira a assinar esse tipo de acordo para ter uma pena menor. Até agora, os delatores mais graduados da Lava Jato eram dois executivos da Camargo Corrêa, que ocupavam a presidência e a vice-presidência da empreiteira, mas foram afastados.
 
O grupo UTC-Constran tem 29 mil funcionários e faturou R$ 5 bilhões no ano passado.
 
Além de prometer revelar o que sabe, Pessoa vai pagar uma multa, cujo valor nas últimas conversas com procuradores era de R$ 55 milhões.
 
O empresário é acusado por delatores de chefiar um grupo de empreiteiras que se reuniam para discutir quem ficaria com obras da Petrobras, o que pode caracterizar cartel.
 
O acordo será assinado na Procuradoria-Geral da República porque Pessoa citou uma série de parlamentares, que só podem ser processados pelo STF, e porque as conversas com a força-tarefa do Ministério Público Federal em Curitiba fracassaram.
 
Como havia interesse para que Pessoa revelasse o que sabe, o procurador-geral Rodrigo Janot indicou homens de sua extrema confiança para prosseguir com as conversas. A tática deu certo.
 
Pessoa deve oficializar o que já narrou na fase de negociação. Ele contou, por exemplo, que doou R$ 7,5 milhões para a última campanha da presidente Dilma Rousseff (PT) por temer retaliações do partido nos contratos que tinha com a Petrobras, conforme a Folha revelou no sábado (9).
 
Segundo Pessoa, a doação foi acertada com Edinho Silva, tesoureiro da campanha de Dilma e atual ministro da Secretaria de Comunicação Social --ele e o PT disseram que todas as doações ao partido seguiram a lei eleitoral.
O empresário também contou que pagou propina para conseguir o contrato da obra da usina nuclear de Angra 3.

FONTE: Folha de São Paulo



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