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André Pomponet

Primavera traz primeiros sinais do verão

André Pomponet - 03 de Outubro de 2017 | 14h 50
Primavera traz primeiros sinais do verão

Embora a primavera tenha começado há poucos dias, os primeiros sinais do verão vão aparecendo, eloquentes, na paisagem da Feira de Santana. Houve inverno e as chuvas caíram constantes, por cerca de seis meses. Mas, pelo jeito, o verão vai começar a se impor. O domingo passado – radiante, luminoso, multicolorido pelas primeiras flores que vão desabrochando na vegetação sertaneja – antecipou o espetáculo que se estende até depois do Carnaval, quando as incertas águas de março arrematam o verão.

O ápice aconteceu justamente no pôr do sol. Muitos acompanhavam o futebol, outros se entretinham com os programas de auditório e, certamente, não faltou quem mantivesse a vista na tela do computador ou do aparelho celular. Uma pena: enquanto isso, o magistral alvorecer sertanejo se desenrolava, indescritível.

Talvez condições atmosféricas tenham contribuído, mas o fato é que, à medida que o sol foi declinando, o quadrante poente do céu assumiu uma coloração amarelada, incandescente. Depois, aos poucos, a tonalidade converteu-se em brava viva, incendiando o poente com um vermelho intenso.

O sol regeu essa reconfiguração de cores: pálido e radioso, à medida que declinava, foi se convertendo em esfera incandescente, quase irreal, que mergulhou lá para as bandas do Jardim Cruzeiro deixando, acima, a tonalidade azulada que, depois, se converte na escuridão esverdeada da noite feirense.

Verão

Durante seis meses, desde abril, as chuvas foram constantes na Feira de Santana. Com elas, multiplicavam-se as nuvens, que encobriam o poente, envolvendo-o numa camada azulada de nuvens. Nesse período, o dia costumeiramente nascia sob uma neblina densa, que apagava o horizonte até que o sol se firmasse no céu, diluindo os átomos. E chovia sempre.

A partir daqui, a tendência é que manhãs e tardes ganhem em calor e luminosidade. O chamado inverno sertanejo – de prolongadas garoas prateadas – ficou para trás. A expectativa, agora, é pela chegada das trovoadas que, espera-se, virão no volume necessário para afastar a seca e o risco de um colapso hídrico nos reservatórios da região Nordeste.

O inverno deixa como recordação dias de frio intenso – para os padrões feirenses – nos meses de julho e agosto e o período chuvoso que, na região, reanimou a agropecuária, sobretudo a agricultura familiar, e atenuou os efeitos da seca implacável que se prolonga há anos.

Os primeiros dias de sol intenso empolgam quem se anima com a perspectiva do sol, das praias, do banho de mar, do ócio que, para alguns, se estende do Natal até a folia carnavalesca. Mas mesmo quem dispõe apenas do fim de semana se alegra com a alta estação, com as idas eventuais à Cabuçu banhada pelas águas mansas do fundo da Baía de Todos os Santos.



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