Os quatro maiores bancos brasileiros com ações na bolsa registraram um crescimento de 17% no 2º trimestre desse ano, em comparação à mesma etapa de 2017, e somou R$ 16,88 bilhões. De acordo com dados da consultoria Economatica, esse percentual indica o maior lucro consolidado nominal (sem considerar a inflação) desde o 2º trimestre de 2015. Já na comparação com o 1º trimestre, a soma dos lucros do Itaú, Banco do Brasil, Bradesco e Santander teve alta de 3,5% no 2º trimestre de 2018.
O lucro consolidado de R$ 16,388 bilhões também é o segundo maior em termos nominais da série histórica da base de dados da Economatica, iniciada em 2006, ficando atrás somente do ganho de R$ 17,34 bilhões registrado no 2º trimestre de 2015.
Segundo os balanços divulgados pelas instituições, o aumento dos ganhos foi impulsionado pelo crescimento das receitas com tarifas, menores despesas com provisões para calotes, menor custo do crédito e maior controle de custos.
ITAÚ REGISTRA MAIOR LUCRO – Com R$ 6,244 bilhões, o Itaú foi a instituição financeira que mais lucrou no 2º trimestre. Esse resultado é 3,8% maior do que o registrado no mesmo período do ano passado. O Bradesco, por sua vez, teve um lucro líquido de R$ 4,528 bilhões, registrando uma alta de 15,77% em relação ao mesmo período de 2017. O Banco do Brasil lucrou R$ 3,135 bilhões. Esse resultado é 19,7% maior na comparação anual. Já o Santander, reportou um lucro líquido de R$ 2,97 bilhões, crescimento 58% maior, em comparação com o 2º trimestre do ano anterior.
O setor com maior número de representantes entre os 20 maiores lucros é o de bancos com cinco empresas, seguido pelos setores de alimentos e bebidas e pelo setor de papel e celulose, com duas empresas cada setor. Historicamente, o setor bancário é o que registra os maiores ganhos entre as empresas de capital aberto. No 1º trimestre, dentre os 20 maiores lucros, cinco foram de instituições financeiras.
ACIONISTAS – No mesmo dia em que anunciou seu percentual de lucro, o Banco do Brasil transformou, nesta quinta-feira (9), seus 98 mil funcionários em acionistas. Cada um recebeu um recebeu três ações, que, na abertura do mercado, valiam R$ 33,20 cada um. As ações ficarão custodiadas no próprio banco e os funcionários não poderão vendê-las enquanto estiverem trabalhando nele.