O vereador Roberto Tourinho (PV) tratou sobre a semelhança entre o Hino de Feira de Santana e o Hino da cidade de Flores, interior de Pernambuco e pediu aos historiadores de Feira de Santana que apurem a possibilidade de plágio.
“Aqui, todas as solenidades são encerradas com o hino. Em estudos realizados, o pesquisador Carlos Melo afirma que ele foi escrito por Georgina Erisman em 1928, já o professor Oscar Damião garante que foi em 1930”, pontuou Tourinho.
E continuou. “Trago estas informações porque existe uma cidade no interior de Pernambuco, chamada Flores, que tem 160 anos de fundada. Feira tem 185 anos de fundação. Digo isso porque o amigo Hiram Freire, fazendo o estudo, constatou que o Hino de Flores é praticamente igual ao de Feira de Santana”, revelou. Tourinho comparou os hinos fazendo a leitura das estrofes.
“Não conseguimos saber o ano em que o Hino de Flores foi escrito. Está disponível na internet. Eu, ao tomar conhecimento, trouxe essa informação à Casa e pedi uma audiência com a diretora do Instituto Histórico e Geográfico de Feira de Santana para avaliar melhor essa situação. Há uma dúvida: nossa hino é anterior ao hino da cidade de Flores ou a cidade de Flores plagiou nosso Hino?”, questionou Tourinho.
O edil disse mais que, seja lá o que for, isso não abala o sentimento que temos por nossa cidade. “Mas, confesso que fiquei com a mesma perplexidade que vocês estão tendo agora. Ele pode ser conferido por qualquer pessoa pela internet. Cabe aos historiadores da nossa cidade averiguar o fato. Acredito que agora nós queremos saber qual foi criado primeiro e espero que o nosso tenha sido anterior ao de Flores”, afirmou.
COMPARE
HINO À FEIRA
Salve ó terra formosa e bendita
Paraíso com o nome de Feira
Toda cheia de graça infinita
És do norte a princesa altaneira
Bem nascida entre verdes colinas
Sob o encanto de um céu azulado
Ao estranho tu sempre dominas
Com o poder do teu clima sagrado
Sorridente como uma criança
Descuidosa da sua beleza
Do futuro és a linda esperança
Terra moça de sã natureza
Poetisa do branco luar
Pelas noites vazias de agosto
Fiandeira que vive a fiar
A toalha de luz de sol posto
De Santana és a filha querida
Noite e dia por ela velada
E o teu povo tão cheio de vida
Só trabalha por ver-te elevada
HINO À FLORES
Salve ó terra formosa! Tu és bendita
Nosso lar com o nome de Flores;
Toda cheia de graça infinita
Do Sertão, és a fada de amores!
Bem nascida entre verdes colinas,
Sob o encanto de um céu azulado,
Ao estranho tu sempre dominas
Com o poder do teu riso sagrado,
Sorridente como uma criança,
Descuidosa de sua beleza,
Do futuro és a linda esperança,
Flores velha de sã natureza!
Em setembro tu foste fundada;
Do Sertão tu és a preferida.
E o teu povo tão cheio de vida
Só trabalha por ver-te elevada.