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Política

PF prende advogado suspeito de atrapalhar investigações sobre Luiz Fernando Pezão

Da Redação - 10 de Dezembro de 2018 | 12h 21
PF prende advogado suspeito de atrapalhar investigações sobre Luiz Fernando Pezão
Marcos Oliveira/Agência Senado

A Polícia Federal (PF) prendeu, nesta segunda-feira (10), o advogado Tony Lo Bianco, sob a acusação de que teria interferido para impedir a investigação de esquema criminoso envolvendo o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (MDB), preso em desdobramento da Operação Lava Jato.

De acordo com o Jota, portal de notícias jurídicas, a detenção do advogado foi autorizada pelo ministro Felix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), em atendimento ao pedido da procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Outros mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em quatro endereços de pessoas ligadas ao advogado e na residência de Sérgio Beninca.

Segundo o site, Tony Lo Bianco é advogado da empresa Kyocera, uma das integrantes do consórcio que venceu a licitação para as obras de iluminação do Arco Metropolitano, orçada em mais de R$ 96 milhões. Sérgio Beninca, por sua vez, possui ligações com Cézar Amorim, também alvo da operação deflagrada em 29 de novembro.

A atuação irregular do advogado, diz o Jota, foi descoberta durante o cumprimento dos mandados da Operação Boca de Lobo. Conforme o site, a procuradora Raquel Dodge, na petição enviada ao STJ, reproduz trecho de áudios de ligações telefônicas de Tony Lo Bianco a Cézar Amorim, interceptadas por autorização judicial. Em uma ligação, Lo Bianco orienta o empresário a pedir que Beninca retire, com urgência, a documentação da Kyocera de um determinado local.

Ainda de acordo com o Jota, na ligação, que foi atendida pelo serviço de caixa postal, já que o empresário havia sido preso na Operação Boca de Lobo, o advogado diz: “vai complicar o Arco Metropolitano”. Em um dos trechos da petição, Raquel Dodge atesta a verificação de “um quadro de intricadas relações envolvendo membros da Orcrim (Organização Criminosa) e, pior, com a destruição de provas a demonstrar a necessidade da custódia cautelar”.

Luiz Fernando Pezão e outras oito pessoas foram presas no dia 29 de novembro, quando também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nas cidades do Rio de Janeiro, Piraí, Juiz de Fora, Volta Redonda e Niterói. Segundo o Jota, o ministro Felix Fischer autorizou ainda o sequestro de bens dos envolvidos até o valor de R$ 39,1 milhões. Dentre os presos, empresários acusados de integrar o esquema criminoso que causou um prejuízo milionário aos cofres públicos.

As investigações que embasaram as medidas cautelares dão conta de que o governador integra o núcleo político de uma organização criminosa que, ao longo dos últimos anos, cometeu diversos crimes contra a Administração Pública, dentre os quais corrupção e a lavagem de dinheiro.



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