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Segurança

Padrastos, maridos e avôs estão entre os 151 presos em operação contra crimes sexuais em Goiás

30 de Agosto de 2019 | 14h 30
Padrastos, maridos e avôs estão entre os 151 presos em operação contra crimes sexuais em Goiás
Foto: Reprodução
A Polícia Civil prendeu 151 pessoas suspeitas de abusos sexuais, em Goiás. Entre os envolvidos estão homens suspeitos de abusar de mulheres, namoradas, filhos, enteados e netos. Dentre eles, estão um idoso de 80 anos, foragido há sete anos, e um homem de 60 anos, que pode ter engravidado uma conhecida da família, de apenas 13.
 
A operação, denominada Violare, durou quase uma semana e o resultado foi apresentado nesta sexta-feira (30). Mais de 900 policiais participaram da ação, que faz parte de uma campanha nacional chamada “Agosto Lilás”, que visa combater violência contra mulher
 
O delegado-geral da Polícia Civil de Goiás, Odair José Soares, afirmou que a maioria dos crimes foi praticada por pessoas próximas dos criminosos ou parentes.
 
“Temos conhecimento que cerca de 90% dos casos de violência doméstica ocorrem com alguém que já manteve ou mantém algum relacionamento afetivo com a vítima, ou seja, essas agressões acontecem, na maior parte das vezes, dentro de casa, por pessoas do relacionamento da vítima. Isso é fato concreto” destaca.
 
Ainda de acordo com o delegado, 37 dos presos já eram condenados pela Justiça. Alguns deles conseguiram progressão de regime, mas voltaram a cometer os crimes.
 
As cidades que mais tiveram prisões foram:
 
Goiânia – 21 prisões
Luziânia – 17 prisões
Aparecida de Goiânia – 16 prisões
Posse – 13 prisões
Águas Lindas de Goiás – 13 prisões
 
O delegado-geral disse que a Polícia Civil está planejando um calendário de operações que serão realizadas nos próximos meses. O secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda, afirmou que a operação é um “recado” para quem pensa em cometer esse tipo de crime em Goiás.
 
“Estamos deixando bem claro para qualquer tipo de criminoso, mas especialmente para esses, que eu julgo serem os mais covardes, porque a maioria deles se aproveita de uma situação de proximidade das vítimas para cometer esse crime. Nós não admitimos esse tipo de crime”, afirma.
 
Dentre os casos, alguns chamaram a atenção até mesmo dos policiais. Em Itumbiara, um idoso de 80 anos foi preso por estupro após ficar sete anos foragido. Outro, de 60, teria estuprado e engravidado uma garota de 13, da qual era amigo da família.
 
Na mesma cidade, um operador de máquina estuprou a filha por cinco anos, de acordo com a polícia. Os abusos começaram quando ela tinha apenas 2 anos. Em outro caso também em Itumbiara, um metalúrgico é suspeito de violentar a enteada, que na época tinha 11 anos. Ele estava foragido desde 2015.
 
Em Piracanjuba, um tio foi preso suspeito de permitir que o sobrinho, que tinha 13 anos na época, fosse abusado por um amigo. No mesmo município, uma mulher foi presa por permitir que o neto fosse abusado por outras pessoas. Ela já tinha condenação, mas havia progredido para o regime semiaberto.
 
Outro caso foi o de um idoso preso suspeito de abusar sexualmente da neta, de apenas 2 anos, em Ceres. O crime foi confirmado por exames periciais.


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