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Um dos acusados pela Chacina do Benfica não estava em Fortaleza no dia dos crimes, afirma promotor de Justiça

06 de Novembro de 2019 | 23h 06
Um dos acusados pela Chacina do Benfica não estava em Fortaleza no dia dos crimes, afirma promotor de Justiça
Foto: Reprodução
Um dos acusados de participar da Chacina do Benfica, Francisco Elisson Chaves de Souza não estava em Fortaleza no dia do crime, afirmou o promotor de Justiça Franke José Soares Rosa durante julgamento dos réus no Fórum Clóvis Beviláqua na tarde desta quarta-feira (6). Além de Francisco Elisson, Douglas Matias da Silva e Stefferson Mateus Rodrigues Fernandes estão sendo julgados nesta quarta. Cinco depoimentos ocorreram até 12h.
 
A matança aconteceu no Bairro Benfica, em Fortaleza, na noite do dia 9 de março de 2018. Sete pessoas morreram e outras três ficaram feridas.
 
“As famílias que estão sofrendo, isso é irrecuperável. É uma dor que não para. Felizmente vamos poder fazer justiça com provas concretas e também vamos fazer justiça com a absolvição do Elisson, porque julgamos com base em provas concretas”, frisou Rosa.
 
Francisco Elisson ainda será julgado por integrar organização criminosa. Segundo o promotor, o acusado teria cogitado e se preparado para matar uma pessoa conhecida como “Geo”, membro de uma facção criminosa, mas no dia da chacina não estava na cidade. “Reconheçam a negativa de autoria do acusado Francisco Elisson”, completou Rosa.
 
Pela manhã, testemunhas convocadas pela defesa de Elisson já tinham afirmado que o acusado estava em Paracuru, cidade do Litoral Oeste do Ceará.
 
Stefferson Fernandes confessou sua participação na chacina durante depoimento no tribunal do júri. Ele pediu desculpas aos familiares das vítimas que não tinham relação com a criminalidade. "Queria só pedir desculpas pelo que eu fiz, aos outros que foram vítimas dessa barbaridade."
 
O acusado lamentou a quantidade de pessoas mortas. "Eu não queria que fosse essa matança toda", disse.
 
Stefferson afirmou que o alvo dele também era "Geo". E reforçou que, já que não acharam o alvo, mataram o primo dele, conhecido como Júnior, que trabalharia para "Geo" no tráfico de drogas. Júnior estava na Praça da Gentilândia.
 
O professor Paulo Victor Policarpo, um dos sobreviventes da Chacina do Benfica, foi o primeiro ouvido no julgamento. Paulo Victor afirmou durante depoimento que não lembra do tiroteio. Ele disse que tudo o que sabe sobre o ocorrido é o que ouviu do relato de amigos que estavam no local. Ele ressaltou que perdeu a capacidade de guardar memórias recentes devido ao trauma ocasionado pelos tiros que levou.
 
O professor é um dos três sobreviventes do tiroteio. Ele chegou a ficar em coma induzido e agora lida com as sequelas dos ferimentos e diz que espera que a justiça seja feita. A vítima também questiona a inércia do estado para impedir a chacina.
 
"Se tem uma série de crimes que já haviam sido cometidos, então o que iam esperar? O terceiro crime, o quarto? Nove pessoas morrerem?", indagou.
 
As vítimas da chacina são:
 
José Gilmar Furtado de Oliveira Júnior (33), morto na Praça da Gentilândia
Antônio Igor Moreira e Silva (26), morto na Praça da Gentilândia
Joaquim Vieira de Lucena Neto (21), morto na Praça da Gentilândia
Carlos Victor Meneses Barros (23), morto na Vila Demétrio
Pedro Braga Barroso Neto (22), vítima morta da Rua Joaquim Magalhães
Emilson Bandeira de Melo Júnior (27), baleado na Vila Demétrio, faleceu no hospital IJF
Adenilton da Silva Ferreira (24), baleado na Vila Demétrio, faleceu no hospital IJF


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