Aos poucos vai se tornando realidade as palavras de Sérgio Moro quando afirmou que Bolsonaro desejava intervir na PF, do Rio. As mensagens de celular em que fica claro que o diretor da PF, Valeixo, foi demitido antes da famosa reunião do Ministério, já não deixava dúvidas, e não permitiu a Moro outro caminho além da demissão. A operação, no Rio, trouxe ainda mais suspeitas sobre o fato.
Agora, após as trocas, a PF ganhou agilidade no Rio e a vítima foi o governador Witzel, que parece caminhar no mesmo trilho de outros cinco governadores cariocas já presos, por corrupção. A investigação, até tardou.
O mais grave, no entanto, foram os comentários da deputada Carla Zambelli, em uma entrevista, demonstrando saber que vários governadores estavam sendo investigados, sugerindo vazamento da operação.
A situação coloca a PF em uma situação de desconforto, pois, arranha sua imagem ao ser criada a dúvida sobre sua relação com o Presidente e sua independência.
A Polícia Federal é uma polícia de Estado e não pode ter sua missão desvirtuada, mesmo quando acertada.