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Cultura

Organização da Micareta discutida em audiência pública

19 de Junho de 2015 | 08h 20

A definição do local para a festa tem sido um dos pontos mais polêmicos

Organização da Micareta discutida em audiência pública
A audiência foi realizada na manhã desta quinta (18)
Representantes de diversos segmentos organizados envolvidos diretamente com a Micareta de Feira de Santana estiveram reunidos, na manhã desta quinta-feira, 18, durante audiência pública, para discutir a organização do evento. A iniciativa da Câmara Municipal contou com a participação do secretário de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) e coordenador da festa, Rafael Cordeiro, para discutir alternativas visando a revitalização do primeiro Carnaval fora de época do Brasil.
 
As discussões atraíram dezenas de pessoas às galerias da Câmara e, conforme o presidente da Casa da Cidadania, vereador Reinaldo Miranda, deverão ser ampliadas também com a participação de vendedores ambulantes e barraqueiros. Uma nova reunião está marcada para o dia 14 de agosto, uma sexta-feira, às 9hs, também no Legislativo feirense.
 
Na pauta de discussão opiniões diversas sobre a manutenção da festa na avenida Presidente Dutra ou transferência para outras avenidas, horários para início dos desfiles das atrações, instalação de camarotes, participação de blocos alternativos, datas alternativas visando atrair maior participação popular e a divulgação na mídia nacional. Outras questões também estiveram em pauta, mas de forma mais restrita.
 
O secretário Rafael Cordeiro ressaltou a importância da Micareta no calendário oficial de festejos da cidade e reconheceu a necessidade de um debate constante sobre sua promoção.
 
A definição do local para a Micareta tem sido um dos pontos mais polêmicos, já que divide opiniões de foliões e promotores do evento. O líder do Governo na Câmara, José Carneiro, considera o local “do ponto de vista leigo, ultrapassado. Já a data, de Carnaval de abril, também não convence”, frisou. A mesma opinião é do vereador Roque Carneiro, que defende a promoção do evento antes do Carnaval e propõe que seja em janeiro.
 
Enquanto isso, a mudança de local é defendida pelo vereador Edvaldo Lima, que sugere como palco o Parque de Exposição e afirma que a festa só traz prejuízos. A opinião, entretanto, não é compartilhada pelo vereador Eli Ribeiro, que como ele também é evangélico, pois discorda que traga prejuízos e observa que o evento tem clamor popular.
 
Diante da opinião do vereador para levar a festa para o Parque de Exposição, o empresário do ramo de música Lindomar Cerqueira observou que a Micareta chega a atrair a participação de até 250 mil pessoas por dia, tornando inviável colocar no Parque de Exposição, onde a capacidade é para 50 mil. “O local não comporta porque se houver alguma confusão podem morrer inúmeras pessoas”, alertando para a falta de área de escape para o evento do porte da festa momesca.
 
Enquanto isso, o vereador Luis Augusto de Jesus indagou sobre qual local seria espaçoso suficiente para a Micareta, mas garantindo a segurança necessária, já que a avenida Nóide Cerqueira, recentemente inaugurada, é pouco povoada e oferece riscos em função dos terrenos baldios. Já o vereador Isaias de Diogo reclamou do comércio aberto todos os dias do evento.
 
Por sua vez, a vereadora Eremita Mota observou os esforços do governo do prefeito José Ronaldo de Carvalho para promoção do evento, mesmo com a crise que atinge todo o país. Ela sugere que as barracas sejam padronizadas, criando mais entusiasmo para os foliões, e parabenizou o secretário Rafael Cordeiro pelos esforços para a promoção do evento este ano.
 
O presidente da Câmara, Reinaldo Miranda, entende que a Micareta de Feira de Santana tem que ser mais debatida. “Temos uma grande marca que é a Micareta. Está na hora de se pensar a estrutura física, local, data, horário e funcionamento do comércio”, defende.
 
Representando o Conselho e a Comunidade Negra, Lurdes Santana, lamentou a postura da classe empresarial, “que preferem que o Leão leve o dinheiro que investir na Micareta”, se referindo às possibilidades de abater recursos dos impostos nos incentivos para a promoção da festa.


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