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César Oliveira

Tudo pelo segundo turno na eleição, em Feira

César Oliveira - 18 de Agosto de 2020 | 11h 37
Tudo pelo segundo turno na eleição, em Feira

A oposição ao secular hegemonismo de Ronaldo tem um alvo, antes de pensar em ganhar a disputa: levar a eleição ao segundo turno, algo que não vemos desde que ele  chegou ao poder e mesmo no auge da popularidade  do PT, no Brasil, com Lula. 

Embora sempre se fale da longevidade e do desgaste do poder, isso parece mais conversa de parcela da classe média cansada da monotonia administrativa desses anos,  do que das classes populares onde Ronaldo tem capilaridade, e um nome sedimentado. Eleição após eleição,   Ronaldo emplacou votação crescente e levou no primeiro turno, embora tenha sido sempre o candidato, exceto com Tarcisio Pimenta, que ele pediu a Feira que elegesse, como um presente para ele. Não se pode subestimar Ronaldo, mas evidente que fora do poder, com o grupo repartido, e um candidato, o fiel Colbert,  que ele revelou apoio em uma live com excesso de mas e porém, haverá mais dificuldades. 

Embora o principal opositor, o governo do Estado, e o PT, não tenham  mudado o candidato, há variáveis que temperam a incerteza. A primeira é que Geilson e Targino, não marcham  mais com o grupo de Ronaldo, assim como Roberto Tourinho, que tem Ângelo Almeida, como vice, e prometem uma dura crítica ao prefeito atual e ao ex. Todos tiveram boa votação na cidade, por méritos próprios.

A segunda, é que José Neto vem embalado em inédita popularidade nas pesquisas, com uma rejeição menor do que possuía no passado,  vai fazer campanha apoiado nas obras de saúde do Estado e, talvez, faça uma parceria com um empresário como vice. Depende de se tornar mais agregador e capaz de partilhar o poder.  Jonhatas Monteiro, ao que parece, será vereador e não mais candidato a prefeito. Há, ainda, Dayane Pimentel,  Carlos Medeiros, e José de Arimatéia a definirem o tom.

A terceira fonte de incerteza é a pandemia que certamente vai influenciar  no corpo a corpo, nas aglomerações,  no comparecimento do eleitor,  e certamente no seu desejo para o futuro. Sabe-se lá como estará o humor do eleitor, em Novembro.

Colbert, por sua vez, larga com o mandato, uma série de obras que tem colocado  em andamento, o apoio do maior cabo eleitoral,e a tendência conservadora do eleitorado em momentos de pânico social.

No entanto, é por esta mudança de forças que a oposição conta com o segundo turno, que se torna uma terra sem regra. 

Por enquanto, Colbert vai de obra, Ronaldo de lágrimas, Geilson e Tourinho de pancada,  e Neto de boa colocação na largada. 



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