Foi uma eleição empolgante como não víamos há 24 anos. Depois de sair atrás no primeiro turno e ver seu adversário superar uma marca histórica de votos, Colbert Martins, do MDB, virou o jogo e ganhou a eleição por 26.758 votos.
Evidente que a mudança de estilo de campanha, com perfil mais moderado, e inclusão de um empresário em sua chapa, fez Zé Neto ( PT) crescer e obter uma votação significativa, a maior das cinco vezes em que disputou o cargo. É claro, também, que as desagregações que promoveu no passado cobrou seu preço no entusiasmo do grupo e limitou seu crescimento, em parte alimentado pelo cansaço da liderança de José Ronaldo ( DEM), um sentimento alardeado pela cidade.
Definido o segundo turno e a possibilidade real de vitória do PT, o que se viu foi o despertar de um sentimento inverso capitaneado por dois acertos da campanha de Colbert. Em primeiro, o protagonismo que assumiu na campanha, chamando para si a responsabilidade, reafirmando que era o prefeito e que só tinha dois anos de mandato e descolando-se do legado de vinte anos que o adversário havia colado no primeiro turno. Em segundo, o despertar do sentimento de antipetismo que levou a um esforço muito maior de seus partidários - antes, acostumados a uma vitória sem muito esforço- um trabalho intenso, e disposição de muitos feirenses que decidiram lutar pela vitória de Colbert e foram em busca de votos, inclusive publicamente, gerando a onda final que fez a virada e a vitória do candidato do MDB.
Escrevemos aqui no site, no sábado, que aquele que tivesse mais disposição, vontade, ação, e firmeza, na reta final, levaria a eleição.
Estavamos certos. Colbert venceu.