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Economia

Energia solar no Minha Casa Minha Vida

03 de Julho de 2015 | 12h 51

Projeto-piloto mostrou que a economia na conta de luz pode chegar a 60% com painéis fotovoltaicos nos telhados

Energia solar no Minha Casa Minha Vida

O governo da Paraíba quer que todos os​ residenciais da faixa 2 do Minha Casa Minha Vida, destinados à famílias com renda mensal entre R$ 1.600 e R$ 3.275, incluam em seus projetos a microgeração de energia solar fotovoltaica para reduzir a conta de luz dos moradores. 

"Essa regra já vem descrita no edital de contratação", diz Emília Lima, presidente da Companhia de Habitação Popular da Paraíba (Cehap)​. "Vamos entregar, por exemplo, 140 casas no município de Sousa [a 438 quilômetros da capital] com essa tecnologia para servidores da segurança pública".  

Emília foi coordenadora do projeto-piloto Energia Fotovoltaica, que recebeu, nesta quinta-feira (2), o Prêmio Selo de Mérito no Fórum de Habitação Social, em Campinas (SP). A iniciativa no estado que concentra o maior nível de radiação solar média anual no país, segundo o Atlas Solarimétrico do Brasil, nasceu do seguinte dilema: uma parcela das moradias do Minha Casa Minha Vida já ​​conta com aquecedores solares de água. A solução funciona bem em lugares frios, mas não é tão efetiva no Nordeste, onde as temperaturas podem chegar facilmente aos 40°C.

A instalação de painéis fotovoltaicos se propõe a agradar gregos e troianos por gerar energia solar suficiente não apenas para aquecer a água do chuveiro, mas para reduzir consideravelmente a conta de luz no fim do mês. A Cehap testou a tecnologia de microgeração com oito famílias de João Pessoa que trocaram o aluguel social por imóveis do Minha Casa Minha Vida no Bairro de Mangabeira​. Os painéis solares instalados nos telhados geraram 70 quilowatt-hora (kWh) por mês. ​"Isso significa que as famílias produziram energia suficiente para reduzir em 60% a conta de energia elétrica", explica Emília.​

Investimento baixo

O projeto-piloto contou com a parceria das universidades federais de Campina Grande e da Paraíba, da concessionária Energisa e do Senai. O sistema de microgeração exige a instalação de inversores, que transformam a corrente contínua em alternada, utilizada nas casas em geral, e injetam a energia na rede da concessionária. O investimento total nestes equipamentos foi de R$ 48 mil, ou R$ 6 mil por família, mas o custo do equipamento já caiu para R$ 4,2 mil, segundo a coordenadora. 

Os painéis fotovoltaicos geram a energia durante o dia e o que não é consumido vai para a rede de energia elétrica. Ao final do mês, o morador recebe um relatório mensal da concessionária, semelhante à conta de luz, pelo qual é informado sobre o balanço do mês. "O que significa uma conta de luz para uma família que ganha pouco? Muita coisa. Além de fazer a casa, nós queremos que essas pessoas paguem suas contas", conclui Emilia. 



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