Descobri
que, em setembro, exatas 43.796 famÃlias foram beneficiadas com o Bolsa FamÃlia
na Feira de Santana. O valor repassado alcançou precisos R$ 1.645.367. O montante,
obviamente, desconsidera os repasses do auxÃlio emergencial. Os números são do
Ministério da Cidadania e podem ser conferidos no endereço eletrônico https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi. Uma informação neste boletim indica que
o percentual de cobertura de famÃlias pobres na Feira de Santana alcança 92,6%.
Imagino
que a estimativa foi feita antes da pandemia e não considera a voraz corrosão
inflacionária dos últimos anos. Em 2012 - no auge do programa aqui na Feira de
Santana - cerca de 51 mil famÃlias eram beneficiárias da iniciativa. A eclosão
da crise econômica em 2015/2016 e, posteriormente, o governo de Michel Temer
(MDB-SP) - feroz adversário do Bolsa FamÃlia - levaram à redução do programa e
à exclusão de muita gente necessitada.
Em
2019, quando Jair Bolsonaro, o "mito", já estava no poder, havia apenas 29 mil
famÃlias beneficiárias. Só a partir da pandemia é que houve ampliação na
quantidade de atendidos. Os previsÃveis - e nefastos - efeitos econômicos
forçaram a ampliação do programa, apesar da resistência inicial da turma do
"mito", ainda em 2020.
Segundo
os dados disponÃveis, 28,4 mil famÃlias dispõem de renda per capita - por pessoa - de até R$ 89 e outras 25,4 mil dispunham
de R$ 89,01 até R$ 178 por pessoa. São os dois grupos - extremamente pobres e
pobres - elegÃveis para o recebimento do benefÃcio. Mas - é bom reiterar - os
números são antigos e desconsideram a inflação dos últimos anos.
Assim,
o percentual de cobertura de 92,6% corresponde a um número defasado, irreal.
Uma informação - disponÃvel no próprio site do governo federal - sinaliza na
direção contrária: em junho de 2021, havia 118,3 mil famÃlias inscritas no
Cadastro Único. Deste excedente, 39,7 mil teriam renda per capita até a metade do salário-mÃnimo e outras 24,6 mil acima
deste valor.
Quem
passa pelos semáforos, pelas portas das agências bancárias, dos supermercados,
das lotéricas - e por qualquer lugar que reúna gente - nota como cresceu a
quantidade de pedintes desde o ano passado. Número, aliás, que já vinha em
expansão a partir da mencionada crise econômica.
De
olho na reeleição, o "mito" pretende rebatizar o Bolsa FamÃlia, ampliar o seu
valor. Prometem agora R$ 400. Trata-se de uma tentativa de cativar os pobres,
escravizá-los - quem falou isso foi o próprio "mito", quando era oposição - que
a trupe nem consegue disfarçar. De qualquer maneira, o benefÃcio é essencial,
contribuirá para mitigar a miséria que qualquer um pode ver por aÃ. Mesmo com o
uso eleitoreiro feito pelo "mito".