A Força Aérea Brasileira (FAB) concluiu mais uma missão de
repatriação de brasileiros que se encontravam em zonas de conflito no LÃbano. O
voo, que integra a Operação RaÃzes do Cedro, iniciada em 2 de outubro e
coordenada pelo Governo Federal, resgatou 213 pessoas e quatro animais de
estimação.
A aeronave da instituição pousou às 4h06 desta terça-feira
(5), na Base Aérea de São Paulo (BASP), em Guarulhos. Com esta leva de
repatriados, a RaÃzes do Cedro atingiu a marca de 2.072 brasileiros e 24 animais
de estimação repatriados.
Segundo a FAB, a aeronave KC-30, utilizada nas repatriações,
também levou ao LÃbano 27,3 toneladas de doações de itens essenciais. O LÃbano
e a Faixa de Gaza, na Palestina, estão sob ataque do Estado de Israel, o que
vem aumentando, ainda mais, as tensões no Oriente Médio. Autoridades e
analistas internacionais temem a escalada regional do conflito.
Articulação – O governo estima que a comunidade brasileira no LÃbano
chegue a 20 mil pessoas. A logÃstica de repatriação planejada pelo Brasil
envolve o uso de avião e de servidores da Força Aérea Brasileira (FAB), além de
um intenso trabalho de articulação do Itamaraty, órgão responsável pela
polÃtica externa do paÃs.
As ações de repatriação foram determinadas pelo presidente
Luiz Inácio Lula da Silva (PT), desde o agravamento do conflito em solo libanês,
com bombardeios aéreos intensos comandados por Israel. A incursão bélica no
Libano significa um desdobramento da campanha militar israelense na Faixa de Gaza, região ocupada, há
anos, por Tel-Aviv.
RESPOSTA – MilÃcias do Iêmen e do Iraque têm
lançado ataques contra Israel e seus aliados, em represália à violenta e
contumaz ofensiva à Gaza, que perdura há mais de um ano e que já matou mais de
40 mil civis palestinos, a maioria mulheres e crianças.
Do mesmo modo, a chamada resistência libanesa, uma coalizão formada
por sete grupos polÃtico-militares liderados pelo Hezbollah, também vem
respondendo belicamente a Israel, desde o dia em que o conflito na Palestina começou,
em 7 de outubro de 2023, em solidariedade aos cidadãos da Faixa Gaza.
CRIMES DE GUERRA – Israel alega autodefesa, pós-ataque
do grupo terrorista Hamas, sediado em Gaza, na porção Sul do paÃs, em outubro
do ano passado. No entanto, perante à comunidade internacional, a reação
israelense figura como brutal e desmedida.
O Estado comandado por Benjamin Netanyahu vem sendo acusado de cometer crimes de guerra, genocÃdio e limpeza étnica contra os palestinos, haja vista o uso de armas proibidas, como o fósforo branco; o cerco total, que impede a chegada de suprimentos essenciais à vida; o ataque a zonas neutras, como templos, escolas, campos de refugiados e hospitais; prisões arbitrárias, até mesmo de crianças; e o volume de civis mortos e desaparecidos sob os escombros, até o momento.
*Com informações da Agência
Brasil.