Novas fábricas calçadistas geram empregos no Sudoeste baiano - Tribuna Feirense

Tribuna Feirense

  • Facebook
  • Twiiter
  • 55 75 99801 5659
  • Feira de Santana, sexta, 29 de março de 2024

Economia

Novas fábricas calçadistas geram empregos no Sudoeste baiano

17 de Agosto de 2015 | 15h 31
Novas fábricas calçadistas geram empregos no Sudoeste baiano
Fábricas de calçados no sudoeste do estado geram mais oportunidades

Cidades do sudoeste do estado estão comemorando a abertura de novas unidades de calçados na região. O município de Potiraguá, que abriga dez mil habitantes no sudoeste da Bahia, vive um momento de otimismo com a instalação de uma unidade da Renata Melo Calçados. A fábrica, que começou a funcionar na cidade há dois meses com 60 funcionários, já possui 160 trabalhadores, com produção diária de 1.500 calçados/dia, podendo chegar a 400 empregos diretos, com a instalação de novas linhas de montagem. A empresa ocupa a antiga planta industrial da Azaléia, que concentrou sua produção em Itapetinga, fechando unidades em vários municípios baianos.

O Governo do Estado conseguiu reocupar, na região sudoeste, todos os 18 galpões industriais que foram fechados pela Vulcabras/Azaléia. Em apenas dois dos galpões – em Itati, distrito de Itororó, e em Itapetinga – não funcionam novas fábricas de calçados, mas uma fundição e uma indústria têxtil, respectivamente.

Nos outros 16 galpões distribuídos nos municípios de Itapetinga, Itororó, Firmino Alves, Itambé, Caatiba, Macarani, Potiraguá, Itarantim, Maiquinique, Ibicuí e Iguaí, se consolida, e cada vez mais se expande, um polo industrial de calçados femininos dominado pelas marcas Lia Line, Bárbara Krás e Renata Mello, todas elas originárias de Santa Catarina. Estas três fábricas transportam para a Bahia a pujança do Vale do Rio Tijucas, a 70 km de Florianópolis – um dos maiores polos industriais de calçados femininos do país. Além das três novas indústrias calçadistas, a fábrica da Vulcabrás/Azaléia sediada em Itapetinga continua a produzir normalmente, possuindo 5.800 trabalhadores empregados.

Emprego e dignidade

Ana Paula Conceição, que trabalhou dez anos na unidade local da Azaléia [em Potiraguá] e passou três anos e meio desempregada, foi contratada para o setor de RH da Renata Melo Calçados. “Emprego significa segurança, estabilidade e na nossa cidade a grande empregadora era a prefeitura. Agora a fábrica traz novas oportunidades”, afirma.

Rosinei Cardoso Silva, que há um mês atua no setor de corte, ressaltou que a fábrica deu um novo ânimo à cidade. “As pessoas estão mais otimistas e a economia da cidade se beneficia”, destacou.

Com a nova fábrica na cidade, onde atua como coordenador de produção, Tellyan Silva Santos pôde retornar ao convívio familiar. Com o fechamento da unidade da Azaléia, empresa que o empregou por 12 anos, Tellyan teve que deixar a mulher e o filho em Potiraguá, para trabalhar em outras cidades. “Assim como eu, muita gente foi embora e agora está retornando. É uma alegria estar trabalhando na minha cidade, ao lado da minha família. E toda a cidade ganha com isso, porque além dos empregos na fábrica, o comércio também se beneficia”.

A balconista Jéssica Ribeiro confirma o novo momento do comércio local com a chegada da fábrica. “O movimento começa a aumentar porque os empregos beneficiam moradores da cidade e isso se reflete nas vendas, porque o dinheiro do salário circula aqui”.

Sudoeste – polo calçadista

Instalada na Bahia desde junho de 2013, a Lia Line, do Grupo Irmãos Soares, cuja matriz é em Nova Trento/SC, ocupa, na Bahia, seis galpões industriais em Itapetinga, Itororó, Firmino Alves e Ibicuí. A companhia já investiu R$ 16,7 milhões desde que chegou ao estado, triplicando a produção dos sapatos e sandálias femininas das marcas Lia Line e Sua Cia, esta voltada para o público jovem. Em junho do ano passado, a Lia Line ocupou também os galpões do distrito de Rio do Meio, em Itororó, e de Firmino Alves. Agora, vai começar a produzir em Ibicuí. Ao todo, a empresa já emprega cerca de 1.700 trabalhadores em suas unidades fabris da Bahia.

A ocorrência de uma mão-de-obra qualificada, com experiência na área calçadista, foi um dos fatores que também contribuiu para a rápida expansão da Bárbara Krás – cuja razão social na Bahia é Calçados Itambé. A empresa, cuja matriz é no município de São João Batista/SC, começou a operar em Itambé no início do ano passado e, em setembro, no mesmo município, começou a sua segunda linha de produção. Em seguida, abriu três novas unidades industriais – duas em Macarani e uma em Caatiba.

“Ao todo, já são R$ 10 milhões de investimentos na Bahia e a geração de 900 empregos diretos. A nossa meta com as fábricas no sudoeste baiano é produzir dez mil pares/dia, com o foco no mercado brasileiro, que é muito grande. Nossa fatia de exportação é muito pequena – em torno de 1% – mas queremos aumentá-la. Investir na Bahia é para nós uma oportunidade de crescimento, porque o apetite das nossas consumidoras por moda de qualidade continua muito grande”, disse Adalberto Soares, diretor da Barbara Krás.

A última marca catarinense do Vale do Rio Tijucas a aportar no sudoeste baiano é o grupo Suzana Santos, que, na Bahia, produz a linha de calçados femininos Renata Mello. A companhia também responde pelas marcas Suzana Santos, Arts’Brasil e Azillê. A indústria, originária de São João Batista/SC, ocupa os galpões de Iguaí, Potiraguá, Maiquinique e Itarantim, com investimentos de R$ 10,2 milhões e geração de 2.500 empregos diretos. Em Itarantim irá funcionar também um centro de distribuição, com área de quatro mil metros quadrados, para atendimento aos mercados do norte/nordeste. A produção das novas unidades fabris da Bahia irá reforçar o abastecimento do mercado brasileiro, além de ser exportada para países da América do Sul e Central, Rússia e Filipinas.

FONTE: SECOM-BA



Economia LEIA TAMBÉM

Charge da Semana

charge do Borega

As mais lidas hoje