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  • Feira de Santana, quinta, 06 de fevereiro de 2025

Segurança

Ossada encontrada em Itiúba (BA) é de menino desaparecido há mais de 3 anos, diz polícia

15 de Janeiro de 2025 | 09h 40
Ossada encontrada em Itiúba (BA) é de menino desaparecido há mais de 3 anos, diz polícia
Foto: Bélit Loiane/g1 BA

A Polícia Civil da Bahia (PCBA) confirmou que a ossada encontrada na zona rural do município de Itiúba, na região Norte do estado, é do garoto Davi Lima Silva. O menino, de 12 anos, desapareceu há três anos e nove meses.

Segundo o inquérito, a criança foi vista pela última vez no dia 28 de março de 2021, quando passava férias na casa da avó, no povoado de Varzinha das Olarias, mesma área onde os restos mortais foram localizados. A corporação informou à família, acerca da identificação, na noite desta terça-feira (14).

A ossada da vítima foi achada, em novembro do ano passado, por vaqueiros. O local é considerado de difícil acesso. Antes, nenhuma pista sobre o paradeiro da criança havia sido encontrada.

Conforme a Polícia Civil, exames periciais complementares serão realizados, a fim de esclarecer as circunstâncias da morte do menino. Durante todo o período em que a vítima esteve desaparecida, Lilia Lima e Edson Alves, pais de Davi, lutaram para que o caso não caísse no esquecimento.

Segundo eles, os investigadores diziam que se tratava de uma "situação complexa, sem indícios de crime". A investigação, de acordo com a Polícia Civil, corria em segredo de Justiça.

O desaparecimento da criança foi apurado, inicialmente, pela Delegacia de Itiúba, município em que Davi foi visto pela última vez. Após incessantes pedidos dos pais, o caso acabou sendo transferido para Salvador, onde o menino vivia com a família.

Conforme a mãe, enquanto o caso esteve sob a tutela da Polícia Civil em Itiúba, houve uma troca de delegado. Com isso, eles precisaram voltar à cidade para repassar as mesmas informações já prestadas ao novo titular.

Por causa disso, Lilia Lima disse ter solicitado que o inquérito fosse remetido à unidade da Polícia Civil localizada na capital baiana.

O desaparecimentoDavi Lima sumiu no quarto dia de viagem com os pais, que têm parentes em Itiúba. A mãe, que é fotógrafa, havia sido contratada para fazer um ensaio com um casal, no município.

Por conta disso, ele deixou o garoto com a irmã, tendo voltado menos de duas horas depois. Nesse intervalo, a criança desapareceu. Ao se dar conta do fato, ela, os demais familiares e os vizinhos deram início a uma busca incessante, em uma área de mata da região, mas o menino não foi encontrado.

A procura por Davi envolveu, ainda, uma equipe do Corpo de Bombeiros, cães farejadores e helicópteros. No entanto, apenas uma das sandálias que o menino usava foi achada.

Na ocasião, os bombeiros deduziram que o calçado havia sido plantado no local. Isto porque várias pessoas que ajudaram a procurar a criança afirmaram ter passado no local e não visto o item. Além disso, os cães farejadores foram até a sandália e retornaram.

O comportamento dos animais, segundo a polícia, indicava que o cheiro de Davi não prosseguia para a mata. "Os cães chegaram a farejar, mas foi só em um determinado local. Então, eles descartaram a possibilidade de ele ter subido a serra descalço", contou a mãe, em uma entrevista concedida ao portal g1, em 2022.

Lilia ressaltou que todos acharam que o garoto tinha subido a serra. Por isso, este foi o primeiro local de procura. Como a sandália da criança não estava lá, antes, ela disse que o mais provável é que tenha sido colocada ali, posteriormente. “A sandália foi plantada, porque passaram de seis horas até meia-noite e não estava lá. Passei várias vezes e ninguém encontrou a sandália, mas, meia-noite, apareceu do nada, como se fosse mágica. Então, é alguém que sabe o que houve e colocou a sandália ali", deduziu.

A Polícia Civil e o Departamento de Polícia Técnica realizaram, no dia 7 de março de 2024, a reprodução simulada dos eventos ocorridos na ocasião do desaparecimento do menino. A reconstituição foi feita no povoado de Varzinha.

Na época, a 19ª Coordenadoria de Polícia do Interior, sediada na cidade de Senhor do Bonfim, na mesma região, informou que o evento contou com a participação de 36 policiais, entre peritos, delegados, investigadores e escrivães.

A ação visava encenar os fatos relacionados ao desaparecimento de Davi, com o intuito de esclarecer a dinâmica do ocorrido e formar convicções para a conclusão do inquérito. Os resultados, porém, não foram divulgados.

Segundo a mãe de Davi, os investigadores aventaram a possibilidade de que a vítima tenha sido sequestrada entre as casas da irmã e da mãe dela. A distância entre os imóveis é de menos de 300 metros.

Entretanto, a informação intrigou a família, uma vez que ninguém viu o garoto passar. "O incrível é que têm pessoas que estavam ali perto. Só um senhor que falou que viu ele no fundo da casa dele, mas, depois, entrou e não viu para onde ele foi", relatou a fotógrafa.

Segundo a tia de Davi, no dia em que desapareceu, o menino apresentava um comportamento estranho. Na ocasião, ela contou que ele estava muito agitado e com pressa de retornar à casa da avó. No entanto, o garoto nunca chegou ao destino pretendido.



 

*Com informações do g1 BA.



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