Copom deve elevar Selic em 1 ponto, na reunião desta quarta-feira (19) - Tribuna Feirense

Tribuna Feirense

  • Facebook
  • Twiiter
  • 55 75 99801 5659
  • Feira de Santana, terça, 22 de abril de 2025

Economia

Copom deve elevar Selic em 1 ponto, na reunião desta quarta-feira (19)

19 de Março de 2025 | 13h 09
Copom deve elevar Selic em 1 ponto, na reunião desta quarta-feira (19)
Foto: Raphael Ribeiro/ Banco Central

Pressionado pelo preço dos alimentos e da energia, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decide, nesta quarta-feira (19), em quanto elevará a Selic, principal indicador financeiro da economia brasileira, que regula a taxa básica de juros, servindo como base para cálculos de percentuais utilizados em diversas operações.

A reunião é a segunda sob o novo comando do presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo. A elevação poderá ser a quinta consecutiva da Selic. Segundo o Boletim Focus, pesquisa semanal com analistas de mercado, a taxa básica deve subir 1 ponto percentual, hoje, passando de 13,25% para 14,25% ao ano.

No comunicado referente à última reunião, que ocorreu em janeiro, o Copom confirmou que elevará os juros básicos em 1 ponto percentual na reunião de março.

O comitê levou em conta o agravamento das incertezas externas e os ruídos provocados pelo pacote fiscal do Governo Federal, divulgado no fim de 2024, para justificar o aumento dos juros básicos, no início de 2025.

No fim desta quarta-feira, o Copom anunciará a decisão. Após chegar a 10,5% ao ano, de junho a agosto de 2024, a taxa começou a ser elevada em setembro do ano passado, com uma alta de 0,25 ponto, uma de 0,5 ponto e duas de 1 ponto percentual.

Inflação – Na ata da reunião mais recente, o Copom alertou para o prolongamento do ciclo de alta da Taxa Selic. Conforme o BC, o cenário de inflação de curto prazo segue adverso, sobretudo em razão do aumento nos preços dos alimentos.

Mantido esse cenário, o comitê aponta que a inflação deve ficar acima da meta pelos próximos seis meses. O último boletim Focus apontou que a estimativa de inflação para 2025 está em 5,66%, contra 5,6% há quatro semanas.

Isto representa inflação acima do teto da meta contínua estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), de 3% para este ano, podendo chegar a 4,5%, por causa do intervalo de tolerância de 1,5 ponto.

Selic – A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle.

Diariamente, o BC atua por meio de operações de mercado aberto, comprando e vendendo títulos públicos federais, para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a Selic, é com o intuito de conter a demanda aquecida. Isto causa reflexos nos preços, porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Assim, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia. No entanto, na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, além da Selic, os bancos consideram outros fatores, a exemplo do risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.

Ao reduzir a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação e estimulando a atividade econômica.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e sobre o comportamento do mercado financeiro.

No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Meta contínua – Pelo novo sistema de meta contínua, em vigor a partir deste mês, a meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC, definida pelo Conselho Monetário Nacional, é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Isto significa que o limite inferior é 1,5% e o superior é 4,5%.

No modelo de meta contínua, a meta passa ser apurada mês a mês, considerando a inflação acumulada em 12 meses. Em janeiro deste ano, a inflação, desde fevereiro de 2024, é comparada com a meta e o intervalo de tolerância.

Em fevereiro, o procedimento se repete, com apuração a partir de março de 2024. Dessa forma, a verificação se desloca ao longo do tempo, não ficando mais restrita ao índice fechado de dezembro de cada ano.

No último Relatório de Inflação, divulgado no fim de dezembro, pelo Banco Central, a autoridade monetária manteve a previsão de que o IPCA termine 2025 em 4,5%. A estimativa, porém, pode ser revista, dependendo do comportamento do dólar e da inflação. O próximo relatório será divulgado no fim de março.

 

 


*Com informações da Agência Brasil.



Economia LEIA TAMBÉM

Charge da Semana

Charge do Borega

As mais lidas hoje