O Congresso Nacional antecipou a votação do Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025 para a tarde desta quinta-feira (20). A sessão começa às 15h. Antes, porém, a Comissão Mista do Orçamento (CMO) deve aprovar o relatório final apresentado, na madrugada de hoje, pelo relator, senador Ângelo Coronel (PSD-BA).
De acordo com o relatório
apresentado por Coronel, o orçamento da União terá um superávit primário de R$
15 bilhões este ano, contra um déficit de R$ 11 bilhões em 2024.
No ano passado, não foram incluídos no cálculo os R$ 32
bilhões usados para minorar a catástrofe climática do Rio Grande do Sul (RS). Gastos
primários são aqueles que excluem os recursos gastos com a dívida pública.
Até esta quarta-feira (19), a previsão era de que a CMO votaria o parecer do relator apenas na
tarde da sexta-feira (21), o que empurraria a votação nos plenários
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal para a semana que vem.
Contudo, após o Congresso marcar a
sessão conjunta para hoje, a CMO decidiu antecipar o calendário de votação e
analisar o parecer esta manhã.
Em vídeo dirigido a jornalistas, Ângelo Coronel explicou que
a antecipação se deveu à “eficiência” e à “boa vontade” da consultoria do
Senado e de sua equipe de gabinete, que fizeram as adequações no projeto, após
as modificações solicitadas pelo Governo Federal.
O relator enfatizou que o atraso acabou sendo positivo. “Estamos
trabalhando para resolver tudo nesta quinta-feira. É uma peça que está com
muito atraso. E foi até bom esse atraso, porque deu tempo de o governo
modificar várias rubricas [despesas]. Até essa terça-feira, veio ofício do
governo, solicitando modificações”, disse o parlamentar.
O PLOA foi enviado em agosto de 2024. De acordo com a
Constituição Federal, o Orçamento deveria ter sido aprovado até dezembro de
2024. Entretanto, por falta de entendimento,
a votação foi transferida para este ano.
O atraso na aprovação do Orçamento da União de 2025 limita os gastos mensais do governo a apenas 1/12 do total que foi definido para cada mês de 2024. Isto faz com que os reajustes ao funcionalismo público e diversas despesas e investimentos fiquem congelados, esperando a votação.
*Com informações da Agência
Brasil.