“Está sendo vendida uma ilusão para Feira de Santana de que com a chegada dos ônibus novos, todos os problemas estão resolvidos. Não estão”. Estas palavras foram ditas na sessão desta terça-feira (24) da Câmara municipal, pelo governista Pablo Roberto (PMDB).
O vereador discursou fazendo severas críticas às empresas que venceram a licitação para o transporte coletivo - Rosa e São João -, dizendo que elas estão descumprindo o contrato.
O estopim das críticas foi a paralisação dos rodoviários que trabalham para a São João, no último sábado (21), por não terem recebido a parcela de salário que deveria ter sido depositada na sexta.
Pablo disse ter ficado preocupado com a justificativa que teria sido dada pela empresa, culpando a grande quantidade de clandestinos. Ele ressaltou que o mesmo argumento pode ser usado futuramente.
O vereador observou que o município não tem mostrado capacidade para combater o transporte clandestino e que a situação requer participação da polícia e Ministério Público.
“O clandestino vai continuar. Será que a empresa não vai usar o mesmo argumento, de que não ganham o suficiente para honrar a folha em dia?”. Lembrando que o contrato das empresas é temporário, mas que vai começar a vigorar a concessão para elas mesmas por 15 anos, ele questionou. “Quem não cumpre um contrato emergencial vai cumprir o outro?”.
Durante a fala de Pablo, o vereador Alberto Nery (PT), que preside o sindicato dos rodoviários, revelou que já houve três episódios de atraso. O primeiro da empresa Rosa e depois um problema com o tíquete alimentação.
Antes de concluir, Pablo reforçou o ataque. “Já começou a mostrar para que veio, que não respeita Feira e não respeitará. Com quatro meses já atrasou pagamento de salário”, condenou.