A decisão do prefeito Colbert Martins Filho de decretar
feriado municipal na próxima segunda-feira (11) causou preocupação na Câmara Municipal
de Feira de Santana. A vereadora Eremita Mota (PSDB) disse que a medida
prejudica, principalmente, o comércio.
A parlamentar considera o momento inoportuno para suspender
as atividades econômicas. Isto porque já há um feriado nacional previsto para a
próxima terça-feira (12), data em que se comemora o dia da Padroeira do Brasil,
Nossa Senhora Aparecida. E destacou que o prefeito resolveu "compensar", justo na
véspera, a suspensão do feriado de São João (24 de junho), quando a cidade
manteve, normalmente, suas atividades comerciais.
Segundo Eremita, a decisão foi tomada unilateralmente. "O
comércio recebeu com surpresa essa decisão, tomada de forma individual, sem
consulta ao setor produtivo da cidade", apontou a vereadora, na manhã de hoje
(6), durante sessão plenária.
Na opinião da parlamentar, a instituição de um feriado no dia
11 é inadequada porque, nesse momento, pequenos e médios empresários tentam se
restabelecer, retomando o crescimento econômico, após o pico da pandemia
do novo coronavírus.
Eremita afirmou, ainda, que se o prefeito resolveu "de
maneira isolada, sem ouvir qualquer entidade representativa, fechar o comércio",
então, "que reconheça e repare, urgentemente, o equívoco". A vereadora advertiu
que "a revolta é grande, inclusive nos bairros". E salientou que corrigir um
ato falho não é demérito. "Espero que tenha este gesto de grandeza", almejou.
MAIS CRÍTICAS - O vereador Edvaldo Lima (MDB) também
não concorda com a medida adotada pela Prefeitura Municipal. Ele disse estar solidário
com os comerciantes. "Genildo Melo [presidente da Associação Comercial]
está muito preocupado. Em momento tão difícil, o Governo tomar essa atitude é
lamentável", disparou.
Ele pediu ao vice-líder do Governo, Pedro Américo (DEM), que
converse com o prefeito, no sentido de convencê-lo a revogar o ato. Segundo o
parlamentar, esta é "a única solução".
Para Emerson Minho (DC), a gestão do prefeito é ditatorial. "Não
conversa com os comerciantes. Virou prefeito de Cabuçu? Feira não é cidade
litorânea. Quer matar o comércio popular", criticou o edil.
Já o vereador Paulão do Caldeirão (PSC) considera a medida um desrespeito às classes produtoras. Em sua fala, o parlamentar atacou Colbert Martins. "Só pode partir de um prefeito trapalhão, que quer falir o comércio com seu plano de governo desastrado", disparou.