A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) afirmou não
haver registro de casos da nova variante do SARS-CoV-2, vírus causador da
Covid-19. Originalmente detectada no sul do continente africano, a B.1.1.529, agora
denominada ômicron, preocupa o mundo, sobretudo, por apresentar acima de 50
mutações.
Segundo a comunidade científica, mais de 30 dessas mudanças genéticas
detectadas na nova cepa ocorrem somente na proteína S ou Spike, meio que o
patógeno utiliza para conseguir entrar nas células. É ela um dos principais
alvos da maioria dos imunizantes contra a doença, que atuam induzindo os anticorpos
neutralizantes produzidos pelo organismo a bloquearem
sua ação. De acordo com o G1, o fenômeno nunca havia sido visto.
A Sesab esclareceu que "realiza vigilância ativa dos casos de
Covid-19 no estado, monitorando diversos indicadores, como taxa de positividade
e número de casos ativos". Também destacou que, através do Laboratório Central
de Saúde Pública (Lacen), vem realizando o sequenciamento genético do SARS-CoV-2,
por meio de amostras coletadas em diversas regiões do estado. E que, até o
momento, as análises não dão indicativos de circulação da variante ômicron.
Ainda conforme o G1, o aumento do número de casos da doença
na Bahia voltou a preocupar autoridade de saúde. Pela primeira vez após três
meses, o estado alcançou a marca de mais de 3 mil casos ativos da doença, em dois
dias seguidos. "Essa é uma doença colaborativa. Na medida em que as pessoas não
seguem recomendações de uso de máscara, de distanciamento físico e,
principalmente, de completar o esquema vacinal, teremos novos casos", disse
Tereza Paim, gestora da Sesab.
O órgão informou que, atualmente, há 254.612 ocorrências de Covid-19
em investigação. Dos 1.258.872 casos confirmados desde março de 2020, quando a
pandemia começou no Brasil, 1.228.521 já são considerados recuperados e 27.282 pacientes
evoluíram a óbito. Segundo o G1, a Sesab contabiliza, ainda, que 52.528
profissionais da saúde contraíram a doença.
Na capital do estado, não há casos da nova cepa em
investigação. A assessoria de comunicação da Sesab informou ao G1 que, por
conta disso, ainda não há medidas sendo adotadas em nível local. Por
recomendação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Brasil
vai fechar, a partir desta segunda-feira (29), suas fronteiras aéreas a passageiros
advindos da África do Sul, da Botsuana, de Eswatini, do Lesoto, da Namíbia e do
Zimbábue.