O prefeito de Feira de Santana, Colbert Martins Filho, disse,
em entrevista ao Acorda Cidade, na manhã desta quarta-feira (12), que se reunirá
com a Rosa, concessionária que opera o serviço de transporte coletivo da
cidade, para definir a situação da oferta do serviço. Na última sexta-feira
(7), os funcionários da empresa paralisaram as atividades, por falta de
pagamento dos salários. Desde então, os ônibus da firma não estão circulando.
O chefe do Executivo Municipal afirmou, ainda, que a Rosa mantém
uma ação judicial na qual pede rescisão contratual com a prefeitura. Em Face disso,
Colbert Filho destacou que só poderá haver negociação se a empresa retirar tal o
processo. “Hoje, teremos uma reunião com a direção da empresa. Há, mais ou
menos, dois meses, ela entrou na justiça, contra a prefeitura, para uma
rescisão de contrato e, de lá até agora, aguardamos uma movimentação da justiça”,
ressaltou, salientando que quando se dá entrada em uma ação judicial, interrompe-se
qualquer negociação, passando-se a ficar na dependência da movimentação judicial.
No entanto, segundo Colbert, “a empresa manifestou o
interesse de conversar” e que isso pode acelerar as negociações. “Estamos, hoje,
antecipando, até por interesse deles e nosso, já que essa situação de
agravamento da empresa Rosa aconteceu desde o dia 5. Espero que, hoje, possamos
ter uma definição sobre o assunto”, frisou.
Conforme o Acorda Cidade, o prefeito ressaltou que a empresa
São João continua prestando os serviços normalmente. Também que a prefeitura
tem se esforçado para manter os pagamentos das empresas, fazendo antecipações e
pagando as gratuidades. “Um pagamento que nós iríamos fazer a empresa Rosa na
primeira semana do ano, antecipamos para pagar no dia 27 do mês passado, porque
existiam dificuldades da empresa em complementar os seus compromissos
contratuais e, então, nós antecipamos”, relatou.
De acordo com Colbert, a prefeitura a expectativa é avançar
nas negociações e chegar a um consenso. “O que nós queremos é ouvir a empresa,
já que ela entrou na justiça e ela quer vir. Vamos saber se vai se aguardar a
decisão da justiça ou se a gente vai poder avançar, de alguma forma, em um
nível de negociação. Se tiver uma retirada de ação, tem uma negociação. Se a
decisão judicial permanece, nós não podemos avançar perante a justiça. Não há
uma maneira intermediária de fazer isso e, portanto, a maneira de se conversar
é com a retirada da ação”, explicou.
O gestor salientou, ainda, que a proposta é chegar a uma
rescisão amigável. “Existem dificuldades na empresa, existem, e nós
reconhecemos isso, mas a outra empresa também tem dificuldades e está, de
alguma forma, superando essas dificuldades. Se a empresa Rosa apresenta
dificuldades maiores, o que nós precisamos ver é o nível exato, para admitir,
em último caso, essa questão específica da intervenção”, observou.
Conforme o prefeito, a intervenção pode acontecer. Ele,
entretanto, descartou a aplicação de subsídios municipais. Isto porque, segundo
ele, subsídios só podem ser aplicados através de orçamento próprio.
Reajuste
– Ainda de acordo
com o Acorda Cidade, apesar dos problemas no transporte público, Colbert
informou que a prefeitura está avaliando a possibilidade de reajuste da tarifa.
Também a realização de uma nova licitação, mas com a participação de mais
empresas.