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Economia

Rendimento médio dos brasileiros atinge recorde, mas avanço favorece mais os mais ricos, aponta Dieese

14 de Junho de 2025 | 10h 50
Rendimento médio dos brasileiros atinge recorde, mas avanço favorece mais os mais ricos, aponta Dieese
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil/Arquivo

O rendimento médio da população ocupada no Brasil alcançou R$ 3.270 no quarto trimestre de 2024, o maior valor já registrado no país. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (13) pelo boletim Emprego em Pauta, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Segundo o levantamento, entre 2014 e 2022, a renda média dos trabalhadores brasileiros permaneceu praticamente estável, com exceção dos anos de 2020 e 2021, que sofreram forte impacto da pandemia da Covid-19. A partir de 2022, no entanto, foi registrado um crescimento de 7,5% até o fim de 2024, elevando a média salarial para R$ 3.270 mensais.

Apesar do avanço geral, o Dieese alerta que o aumento não foi distribuído de forma igualitária entre as diferentes faixas de renda. Para os trabalhadores com os menores rendimentos, o ganho médio foi de apenas R$ 76 por mês no período. Já para os 10% mais bem remunerados, o aumento chegou a R$ 901 mensais — 12 vezes mais.

O estudo também revela que quase um terço dos trabalhadores brasileiros continuava recebendo, no máximo, um salário mínimo no último trimestre de 2024. Ao mesmo tempo, itens básicos de consumo seguiram encarecendo acima da média da inflação, o que afeta diretamente as camadas mais pobres da população.

“Por isso, políticas que incentivem a criação de empregos formais, a valorização do salário mínimo e o uso de instrumentos de negociação coletiva são fundamentais para a melhoria da vida dos brasileiros”, reforça o boletim.



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