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Bahia

Prisco terá de ficar em casa durante boa parte da folia

13 de Fevereiro de 2015 | 16h 02

Ele cumpre prisão domiciliar por ter liderado a greve da PM em 2013

Prisco terá de ficar em casa durante boa parte da folia
Deputado tem ação limitada pela prisão domiciliar

Acostumado a circular pelas ruas de Salvador durante o Carnaval para verificar as condições de trabalho dos policiais militares, o deputado estadual soldado Marco Prisco (PSDB), ex-presidente da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares da Bahia (Aspra), vai ter de ficar em casa durante a maior parte da festa, para cumprir a prisão domiciliar determinada pela Justiça Federal pelo fato de ter liderado a greve da PM em 2013.

Nem mesmo a condição de deputado estadual, representante da categoria dos policias militares que lhe deram maciça votação no ano passado, o liberou da restrição de ficar em casa nos finais de semana e feriados.

De segunda a sexta, Prisco só pode ficar na rua até as 20 horas. Além disso, está proibido de sair de Salvador. Devido à sua situação, disse que estará em casa recebendo as demandas dos policiais durante o Carnaval e repassando ao comandante-geral da PM, coronel Anselmo Alves Brandão.

O deputado gravou um vídeo, exibido nas redes sociais em que reclama da prisão domiciliar. "Infelizmente não poderei ir às ruas, fiscalizar alojamentos, alimentação da tropa e transporte dos militares dos interiores à capital. Mas não vou desanimar, acredito num Deus supremo e tentarei compensar a minha falta presencial atendendo aos telefonemas de militares a qualquer hora do dia e noite", diz num trecho.

Conforme Prisco, graças às pressões da Aspra e outras entidades que representam os policiais, este ano o Comando da Polícia Militar não "segregou" os soldados no camarote montado pela PM para os integrantes da tropa de folga poderem aproveitar a festa.

No ano passado, só os oficiais tinham direito a frequentar o "open-bar" do camarote, o que gerou revolta entre os praças. Alguns chegaram a queimar as camisetas distribuídas pelo comando que davam acesso ao camarote, mas sem comer e beber. Este ano, cerca de mil camisas foram sorteadas entre os integrantes da PM, todas com direito ao "open-bar".

A prisão domiciliar de Prisco cria uma situação inédita para a Assembleia Legislativa. O que fazer se as sessões da Casa ultrapassarem as 20 horas? "Nesse caso, eu posso ficar e depois o departamento jurídico da Assembleia envia comunicação por escrito para a Justiça justificando a razão de eu não ter me recolhido no horário", disse o deputado. "Isso não quer dizer que meu trabalho legislativo não está prejudicado. Eu não posso, por exemplo, viajar pelo interior da Bahia para visitar minhas bases políticas", disse. Os advogados de Prisco vêm tentando, até o momento sem êxito, revogar a prisão domiciliar.

Tiroteio

O deputado criticou as reações do Ministério Público, da seccional baiana da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), setores do PT e entidades defensoras dos direitos humanos que condenaram a ação da Rondesp no bairro do Cabula, semana passada que resultou na morte de 12 suspeitos de ser traficantes e assaltantes de bancos.

Os órgãos e entidades suspeitam de execução sumária praticada pelos PMs, que foram defendidos pelo governador Rui Costa.



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