Durante palestra na Câmara de Vereadores, na última sexta-feira, na sessão especial de aniversário de Emancipação Política de Feira, citei que a cidade precisa pensar seu futuro com um planejamento de longo prazo e inclui entre os aspectos de destaque a questão da mobilidade verde ( pedestres e ciclistas), como um aspecto para tornar a cidade mais AFETIVA, mais próxima de uma " cidade para pessoas".
Não se pode pensar mais um sistema de transporte que não leve em consideração todos os meios de deslocamentos do cidadão e que não invista em bicicleta, especialmente em uma cidade plana como a nossa, como parte deste sistema integrado.
Os governos e a própria sociedade precisam refazer seus conceitos e parar de olhar bicicletas e ciclovias como " coisa de bacaninha moderninho" ou de colocar ciclovias apenas com intuito de parecer " politicamente correto" ou fazer ciclovias como na Nóide Cerqueira onde, em verdade, ela é a pista de acostamento e não ciclovia.
Ciclovias exigem planejamento e, se possível, que sejam as chamadas ciclovias protegidas e não apenas pistas coloridas que expõem motoristas e ciclistas a encontros desagrádaveis.
O ciclismo melhora as condições de saúde do cidadão, poupando recursos, reduz as necessidades de veículos e transporte coletivo, melhora a auto-estima, reduz emissão de poluentes, aproxima o cidadão da cidade, economiza dinheiro do trabalhador, entre outros benefícios.
Em São Paulo o metrô , companhia de trens e ônibus, possuem mais de 37 bicicletários e no bairro de Mauá está o maior bicicletário da América Latina , criado pelos moradores, e que conta atualmente com algo entre 1700 e 2000 bicicletas, funcionando 24hs, ao lado da Estação de trem.
Portanto, se queremos uma cidade mais AFETIVA, não temos como pensar um plano de mobilidade na qual a bicicleta não seja um componente deste sistema e não apenas uma diversão de bacanas