O costume de dizer que pesquisa muito antes da eleição não define nada, é muito relativo. A pesquisa publicada pelo jornal Folha do Estado, sinaliza algumas certezas e traz um rebanho de dúvidas. Por exemplo, a pontuação do prefeito Colbert parece menor do que a esperada e o julgamento de sua administração com apenas 17,9% de bom acende o alerta que ele precisa fazer mais- ou mostrar mais-, aos eleitores o que anda fazendo, para vencer opiniões pré-formadas sobre sua atividade política, inclusive sobre o gasto da sola do sapato. Embora não seja comparável, o governo Rui Costa, apesar do desgaste que é todo segundo mandato e de tratar Feira com pouco apreço, emplacou 33,9% de bom, sugerindo que ele pode impactar positivamente no seu candidato, ou, ao menos, reduzir a rejeição a ideia de mudança.
O deputado Zé Neto, figura carimbada de toda eleição, sai de seu patamar mais alto, lidera a pesquisa, e tem reduzida sua histórica rejeição. O deputado tem sido visto no boca a boca, ou no visita a visita, em bairros, acompanhado de colega deputado que trouxe para a cidade. A grande dúvida que pesa sobre sua candidatura é a eterna discussão sobre a capacidade de agregação do deputado, algo que ele nunca fez e que impacta sempre sobre seu crescimento.
Targino tem pontuação compatível com sua ação. Ele escapou recentemente de cassação, o que determinou um período de recolhimento. O deputado, também, tem ferrenhos adversários e é ferrenho adversários de outros, o que impacta na sua rejeição.
Geilson cresceu nas pesquisas, embora, tenha sobre si o peso da mudança para apoiar o PT- e não lhe deram um cargo tamanho G, a altura da mudança que fez e que certamente esperava-, e não se sabe qual apoio teria para se viabilizar. A cidade produz boatos até que ele poderia voltar ao leito de origem Ronaldista- especular faz parte da alma do feirense-, mas certamente teria um preço a pagar se o fizesse. Na política, no entanto, tudo é possível.
Há todo um grupo na faixa do 1% que dificilmente poderá ser emplacado, e é incrível que tenham tentado ressuscitar Fabinho, algo muito difícil de empurrar goela abaixo do feirense.
O marido de Dayane Pimentel anda anunciando mundos e fundos – “ a campanha”-, verbas, tempo de TV. Achar que pode ganhar só por esses instrumentos, isoladamente, sem uma base, faz parte mais do entusiasmo do que da realidade. Há sérias dúvidas sobre o impacto que a separação de Bolsonaro pode causar ao casal.
Há, o fator Ronaldo, ainda o maior eleitor, embora não o mesmo poderoso de antigamente, mas não se pode subestimar o trabalho de 20 anos de poder fazendo alianças, lideranças, e prestando serviços. A grande dúvida é com quem Ronaldo vai casar, como naquela velha canção de roda: com quem será, com quem será?
Teoricamente, Colbert , é o nome lógico, mas nunca ouvimos falar que lógica tivesse alguma utilidade na política. Evidente que se Colbert tirar o pé do freio – e ele anunciou um pacote de obras, a UPA de Humildes, a ligação da Ayton Senna ao Papagaio-, e mudar a cara da administração a parceria está feita e forte. Caso contrário, não duvido do sacrifício, o que levaria Colbert a se tornar uma opção para quem deseja afastar Ronaldo do poder.
Por último, temos a disposição de ACM Neto e Rui Costa, investirem em Feira- além da competição ferrenha que os dois prefeitos, ops, governador e prefeito fazem na capital-, o que poderia causar algum impacto, embora isso nunca tenha acontecido, mesmo no auge do PT e de Lula- agora condenado-, no poder.
Ah, sim, tem o imponderável. E esse, nunca se sabe se será candidato nessa eleição.
Semana passada uma pessoa de minha família foi abordada as 11h, por um bandido, perto do Módulo 7. O bandido encostou uma faca em sua barriga e ela entregou o celular, e bolsa com documentos, dinheiro. Felizmente , por sua calma, ela terminou sem ferimentos. Não é o primeiro caso, nem será o último.
É absolutamente inacreditável e fora da violenta realidade atual que a Polícia não possa entrar em um Campus Universitário. Durante os brutais anos da ditadura isso foi uma forma legítima e necessária de preservar a liberdade de pensamento político, mas isso não se sustenta no ambiente político atual, após governos federais de esquerda e governo estadual- atual, inclusive-, de esquerda.
A segurança das pessoas é o objetivo principal de uma força policial e dever do Estado, portanto não faz sentido pagarmos por essa segurança se ela não pode ser feita em determinados espaços. Além disso, gastamos- em tempos de recursos escassos-, segundo o governador, R$8 milhões, com segurança, na UEFS, duplicando um pagamento que poderia ser significativamente reduzido.
Outro aspecto a ser considerado é o desrespeito de uma instituição do Estado ( a Universidade) com outra instituição do Estado ( a Polícia), que diz que esta não é boa ou legítima o bastante para adentrar ao espaço daquela, que pertence ao próprio Estado. Chega a ser surrealista.
Subliminarmente, a UEFS, uma entidade educadora, transmite a informação aos seus 10 mil alunos e funcionários que a Polícia é algo a ser rejeitado, uma atitude doutrinária e irresponsável.
Essa é uma discussão que não pode continuar sendo evitada por servidão conceitual. O risco a vida, o medo, não podem fazer parte do currículo universitário de nenhum estudante.
A Prisão em Segunda Instância é um anseio da sociedade brasileira que não aceita mais o clima de impunidade que reina no país e que foi rompido por Moro e a Lava-Jato. Depois de ver figurões na cadeia o brasileiro descobriu que não deve existir ninguém acima da lei. Neste domingo(7) a população voltou as ruas para pressionar o Congresso a votar ainda esse ano a mudança na legislação. A pressão é necessária porque os presidentes do Senado e Câmara- Alcolumbre e Maia- fazem o possível para retardar a votação.
Essa é uma pauta que os brasileiros de bem não vão deixar calar.
UPA de Humildes
Natal Encantado
Operação da PF, em Feira
A melhoria da economia, em todos os índices
Lançamento da Revista 16 do Instituto Histórico e Geográfico de Feira
Portal Memorial da Feira- da SECOM
Os resultados do PISA, o exame de avaliação internacional, voltaram a revelar o que já se sabia: a nossa educação é um desastre monumental. Embora tenhamos aumentado a inclusão, não conseguimos avançar em qualidade.
Em um ranking de 79 países, somos o 70º em matemática. A média de nossos estudantes em matemática foi 384 pontos, contra 487 pontos dos estudantes da OCDE.
Os dados mostram que 4 em cada 10 adolescentes não conseguem identificar a ideia principal de um texto, ler gráficos, resolver problemas com números inteiros, entender um experimento científico simples. E, ainda, que apenas 2% dos jovens conseguem distinguir fato de opinião, habilidade considerada complexa pelo Pisa e que no mundo representa 10%. Aliás, 10%, mostra que o resto do mundo não é grande coisa, também.
Os resultados do PISA mostram que desde 2009- toda era PT-, não avançamos um centímetro. Aqui na Bahia, já havia sido mostrado que temos o pior ensino básico do país, o segundo pior ensino médio, e o segundo pior número de jovens no ensino superior. A Bahia, é um Brasil piorado.
Os recursos que o Brasil investe não estão muito longe dos percentuais que o resto do mundo aplica na educação. Evidente que em muitos lugares as condições de ensino são primitivas, que muito dinheiro é desviado pelos corruptos, mas isso não é o bastante para justificar tamanho desastre. As falhas passam pela formação deficiente de professores, ausência de conteúdo curricular claro e objetivo com metas a serem atingidas e recompensas, valorização e treinamento de profissionais, redução da ingerência política, e do desvio dos objetivos educacionais a favor da ideologia ou da ambição de formar cidadão, debater gênero, ensinar dialeto sexual, e simulares, como prioridade, ao invés da obsessão em ensinar matemática, ciência, português, e interpretação de texto.
Ao focar nesses aspectos a educação estará instrumentalizando o indivíduo para que faça escolhas civilizadas. Claro que muitos professores, no país, contribuem com esforço pessoal, além do dever, para a superação dos limites, mas evidente que isso não é o bastante para corrigir o déficit.
Esse déficit condena o futuro do país, especialmente em uma era em que se exige cada vez mais uma formação melhor, para o emprego.
Por outro lado, é a prática mais perversa e injusta que temos, pois, dá a ilusão aos pais mais carentes que eles estão dando educação aos seus filhos, quando ela não passa de uma fraude, de um ofício excludente, que irá manter todos esses alunos sem chances reais de mudarem suas vidas.
A educação é a última escravidão brasileira!