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Economia

Novo salário mínimo injetará R$ 81,7 bi na economia, diz Dieese

26 de Dezembro de 2025 | 18h 42
Novo salário mínimo injetará R$ 81,7 bi na economia, diz Dieese
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Previsto para entrar em vigor no dia 1º de janeiro e começar a ser pago em fevereiro, o novo salário mínimo de R$ 1.621 injetará R$ 81,7 bilhões na economia. A estimativa é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). O cálculo considera os efeitos sobre a renda, o consumo e a arrecadação, ainda que em um cenário de restrições fiscais mais rígidas.

Segundo o órgão, cerca de 61,9 milhões de brasileiros terão rendimentos diretamente influenciados pelo piso salarial. Desse total, 29,3 milhões são aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); 17,7 milhões, empregados; 10,7 milhões, trabalhadores autônomos; 3,9 milhões, empregados domésticos; e 383 mil empregadores.

O novo valor representa um reajuste nominal de 6,79% em relação ao mínimo atual, conforme as regras estabelecidas pela política permanente de valorização do salário mínimo.

Contas do governo – Segundo o Dieese, o reajuste do mínimo afeta, diretamente, benefícios e despesas indexados ao piso nacional, com reflexos relevantes sobre o orçamento público. Os principais impactos são:

 

- R$ 39,1 bilhões de aumento estimado nas despesas da Previdência Social em 2026;

- R$ 380,5 milhões de custo adicional para cada R$ 1 de aumento no salário mínimo;

- 46% dos gastos previdenciários são impactados diretamente pelo reajuste;

- 70,8% dos beneficiários da Previdência recebem benefícios atrelados ao salário mínimo.

 

O desafio do Governo Federal será equilibrar os efeitos positivos do aumento do salário mínimo sobre a renda da população com o controle das despesas obrigatórias, especialmente em um contexto de busca pelo cumprimento das metas fiscais.

Cálculo do reajuste – O reajuste do salário mínimo segue a Lei 14.663, de agosto de 2023, que define a correção anual com base em dois fatores:

 

- a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do ano anterior;

- o crescimento do PIB de dois anos antes.

 

No entanto, o cálculo para 2026 será parcialmente limitado pelo novo arcabouço fiscal, definido pela Lei Complementar 200/2023, que impõe um teto para o crescimento real das despesas da União. Com isso:

 

- será considerada, integralmente, a inflação medida pelo INPC, de 4,18% (acumulado de dezembro do ano passado a novembro deste ano);

- o crescimento do PIB, de 3,4%, será limitado a 2,5%, percentual máximo permitido pelo novo regime fiscal.

- A combinação desses fatores resulta em um aumento nominal de R$ 103 no salário mínimo.

 

 




 

 

*Com informações da Agência Brasil.



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