Tribuna Feirense

  • Facebook
  • Twiiter
  • 55 75 99801 5659
  • Feira de Santana, segunda, 29 de dezembro de 2025

Brasil

Turistas são agredidos após cobrança de valor maior por cadeiras de praia em Porto de Galinhas

29 de Dezembro de 2025 | 07h 39
Turistas são agredidos após cobrança de valor maior por cadeiras de praia em Porto de Galinhas
Turista de Mato Grosso é agredido em Porto de Galinhas - Foto: Reprodução/WhatsApp

Um casal de turistas de Tangará da Serra (MT) foi agredido por comerciantes na praia de Porto de Galinhas, no Litoral Sul de Pernambuco, após se recusar a pagar um aumento no valor cobrado pelo uso de cadeiras de praia. Segundo as vítimas, o preço teria sido elevado de R$ 50 para R$ 80 sem aviso prévio. O caso ocorreu na tarde do sábado (27), e um dos turistas precisou de atendimento médico.

Os empresários Johnny Andrade e Cleiton Zanatta relataram que estavam de férias e chegaram à praia por volta das 10h. De acordo com Johnny, um barraqueiro informou que, caso não houvesse consumo de petiscos, o aluguel das cadeiras custaria R$ 50.

Ainda conforme o relato, no fim da tarde, ao solicitar a conta, o comerciante teria informado que, como não houve consumo de alimentos, o valor passaria a ser de R$ 80. O casal afirmou ter consumido apenas duas águas de coco durante o período em que permaneceu no local.

Ao questionar a mudança no preço e se recusar a pagar o novo valor, Johnny contou que foi agredido. Segundo ele, uma cadeira foi arremessada em sua direção e, após cair no chão, passou a ser atacado por outros barraqueiros.

De acordo com o turista, cerca de 15 a 20 pessoas participaram das agressões. Ele também afirmou acreditar que o fato de estar acompanhado do companheiro e de serem um casal gay pode ter influenciado no ataque.

Atendimento médico

Com o auxílio de guarda-vidas civis, o casal foi retirado da praia e levado à Delegacia de Porto de Galinhas. No entanto, antes de registrar a ocorrência, ambos precisaram buscar atendimento médico. Segundo Johnny, todo o deslocamento foi feito por transporte por aplicativo, já que não houve disponibilização de ambulância.

Inicialmente, o casal foi atendido em uma unidade de saúde de Porto de Galinhas, onde o médico indicou a necessidade de exames de imagem. Como o local não dispunha do equipamento, foi necessário o encaminhamento ao hospital de Ipojuca, também feito por aplicativo.

Após a realização dos exames, que não constataram fraturas, Johnny foi medicado e liberado para continuar o tratamento em casa. Ele relatou dores pelo corpo e lesões no rosto em decorrência das agressões.

Ainda durante o atendimento hospitalar, policiais entregaram ao casal os pertences que haviam ficado na praia. Johnny afirmou que também recebeu os dados de pagamento da proprietária da barraca e realizou a transferência via Pix referente à cobrança exigida.

Posicionamento das autoridades

Em nota, a Secretaria de Defesa Social de Pernambuco (SDS) informou que, quando as forças de segurança chegaram ao local, a situação já estava controlada. As vítimas foram socorridas por equipes de guarda-vidas civis da gestão municipal e encaminhadas para atendimento médico.

A SDS destacou ainda que a apuração do caso é tratada como prioridade, com o objetivo de identificar e responsabilizar todos os envolvidos. A investigação por lesão corporal está sob responsabilidade da Polícia Civil.

A reportagem tentou contato com a Associação dos Barraqueiros de Porto de Galinhas e com a Prefeitura de Ipojuca para esclarecer como funcionam as cobranças pelo uso de cadeiras e se há regulamentação municipal, mas não obteve retorno até a publicação.

 

  



Brasil LEIA TAMBÉM

Charge da Semana

Charge do Borega

As mais lidas hoje