Por decisão do TRE, o ex-prefeito Paulo Batista Machado e o ex-secretário de Saúde, Antônio Marcos Lima dos Santos, estão inelegíveis por oito anos e terão que pagar multa de 25 mil reais, por coagirem funcionários contratados e demitirem os que não aceitaram a ordem de participar de campanha eleitoral. Isso em Senhor do Bonfim, aqui mesmo na Bahia.
O prefeito José Ronaldo contesta nota da edição passada, onde foi mostrado o asfalto de barragem em São Paulo, que ressurgiu devido à seca, quase intacto após 20 anos submerso, enquanto aqui convivemos com buraqueira nas ruas a cada estação chuvosa.
Ronaldo explica que não é a água, mas o peso dos veículos trafegando que prejudica o asfalto. "Se ficar ali 100 anos não muda, porque não tem ninguém passando em cima, tá quietinho", garante, citando como exemplo as casas inteirinhas, mesmo feitas de adobe, que aparecem quando barragens secam na Bahia, como em Rodelas.
"O que faz o estrago é o movimento", ensina. A solução é usar asfalto a quente, mais duradouro. Segundo Ronaldo toda nova pavimentação da prefeitura é feita com asfalto quente e só se usa o frio em tapa-buracos, em pavimentações antigas, que já têm idade próxima de 30 anos. Os buracos que surgem na pavimentação a quente são mínimos, segundo o prefeito, em função de algum desnível no calçamento original, ou alguma camada que ficou mais fina.
Acho que o prefeito tem razão em relação à influência do peso e do movimento. Mas continuo a atribuir os buracos à qualidade do serviço. Eles são frequentes, por exemplo, na Maria Quitéria, pavimentada outro dia (a quente) no governo Tarcízio. E são inexistentes na Getúlio Vargas, feita (a quente) em 1994 quando João Durval era prefeito. A diferença? Na primeira a espessura da camada de asfalto é de um dedo. Na outra, um palmo.