"Estamos contando com a compreensão dos fornecedores", diz o Pró Reitor de Administração
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Uma perspectiva de dificuldades orçamentárias graves, é o que prevê para a Uefs o Pró Reitor de Administração, Rossine Cerqueira da Cruz. "A Uefs luta por novos recursos de suplementação de orçamento porque o que existe é reconhecidamente insuficiente. Neste ano ele está R$ 2 milhões menor que o ano passado e de 2013 para 2014, a Uefs recebeu R$ 3 milhões a menos. Além disso, a Uefs começou o ano com o déficit de exercício anterior, de R$ 5 milhões. Ao total a Uefs enfrenta uma dívida de 10 milhões tornando a atual situação difícil de administrar", admite.
Até mesmo os compromissos com serviços e materiais já acordados com fornecedores estão difíceis de ser honrados. "Estamos contando com a compreensão dos nossos fornecedores para tentar administrar esta dificuldade e isso não tem ainda refletido no nosso dia a dia na falta de nossos materiais", garante Rossine.
Mas quem frequenta a Uefs vê mais problemas. Alunos reclamam do mato alto, da sujeira nos módulos e da falta de manutenção. No módulo 7 há uma caixa d´água com vazamento constante há pelo menos 15 dias, de acordo com o departamento de Filosofia. O fato foi informado ao setor de manutenção da universidade que enviou uma equipe para avaliar a situação, mas nada pôde fazer porque não tinham equipamentos para subir no prédio. Enquanto isso, a água é desperdiçada.
Rossini alega que esta não é uma realidade somente da Uefs, mas de todas as universidades estaduais, e que a Uesb enfrenta a pior das situações, já tendo demitido 250 pessoas. "Estamos administrando com dificuldades, até o momento não demitimos ninguém, mas não sabemos até quando poderemos suportar. O governo tem dito que enfrenta problemas financeiros e não afirma nada sobre suplementar o orçamento das universidades e tem sido muito duro no que tange a isso".