O plenário da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quinta-feira (2), o regime de urgência para a proposta que torna crime hediondo a adulteração de alimentos ou bebidas, a partir da adição de ingredientes que possam causar risco à vida ou grave ameaça à saúde.
Os projetos com urgência podem ser votados diretamente no
plenário, sem necessidade de passarem, antes, pelas comissões da Casa legislativa.
A mobilização do parlamento se dá em razão do registro de diversas ocorrências de
intoxicação por metanol em bebidas alcoólicas adulteradas.
A maioria dos casos ocorreu no estado de São Paulo. De acordo
com o Ministério da Saúde (MS), o número
de vítimas, em todo o país, chegou a 43. Seis mortes foram registradas
na região de São Paulo.
O crime hediondo é inafiançável e
insuscetível de graça, indulto ou anistia, fiança e liberdade provisória. O projeto
não propõe a extensão da pena, mas a lei de crimes hediondos determina penas de
até 30 anos, com progressão de regime mais lenta.
Emergência médica – A intoxicação por metanol é uma
emergência médica de gravidade extrema. Ao ser ingerida, a substância é
rapidamente metabolizada no organismo em produtos tóxicos (como formaldeído e
ácido fórmico), que podem levar à morte.
Os principais sintomas da
intoxicação são: visão turva ou perda de visão (podendo chegar à cegueira) e
mal-estar generalizado (náuseas, vômitos, dores abdominais, sudorese).
Em caso de identificação dos sintomas, é preciso buscar,
imediatamente, os serviços de emergência médica e contatar pelo menos uma das
instituições a seguir:
- Disque-Intoxicação da Anvisa: 0800 722 6001;
- CIATox da sua cidade para orientação especializada - veja
lista aqui;
- Centro de Controle de Intoxicações de São Paulo (CCI): (11)
5012-5311 ou 0800-771-3733 – de qualquer lugar do país.
É importante identificar e orientar
possíveis contatos que tenham consumido a mesma bebida, recomendando que
procurem, urgentemente, um serviço de saúde, para avaliação e tratamento
adequado. A demora no atendimento e na identificação da intoxicação aumenta a
probabilidade do desfecho mais grave, com o óbito do paciente.
*Com informações da
Agência Brasil.