O sobrenome mais popular em Feira de Santana é Santos. Exatas 131.889 pessoas ostentam o sobrenome, de acordo com o Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IBGE. A informação constitui uma das novidades divulgadas no recente levantamento. No site da instituição é possível conferir até uma descrição: "O sobrenome Santos tem origem portuguesa, espanhola e religiosa. Ele surgiu como abreviação de 'Todos os Santos' e era atribuído às pessoas que nasciam em 1º de novembro, data celebrada pelos cristãos como o Dia de Todos os Santos. Além disso, o sobrenome foi amplamente adotado por cristãos-novos, nome dado aos judeus convertidos ao cristianismo, durante a Inquisição".
Na sequência, como é fácil adivinhar, vem o Silva. Segundo o levantamento, há 110.623 Silvas na Feira de Santana. Há, também, uma breve descrição, que traz mais informações sobre sua origem: "Derivado do latim, Silva significa 'selva' ou 'floresta'. É classificado como toponímico, ou seja, sua origem está ligada a um lugar geográfico específico. No caso de Silva, é provável que as pessoas que passaram a usar o sobrenome vivessem em áreas florestais ou com abundante vegetação".
A descrição sobre a origem dos Silvas não para aí: "O sobrenome já era conhecido na Roma Antiga, mas desapareceu com a queda do Império Romano e ressurgiu por volta do século XI, na Península Ibérica. Historicamente muito utilizado em Portugal e difundido com a colonização portuguesa, Silva é hoje o sobrenome mais popular do Brasil e bastante comum nos países lusófonos. Além disso, também é encontrado na Espanha e na Itália, embora em menor escala".
Os sobrenomes mais comuns, na sequência, não são difíceis de adivinhar: Oliveira (55.404), Jesus (52.619) e Souza (41.688), ocupam, respectivamente, a terceira, a quarta e a quinta colocações. Pereira - outro sobrenome comum por aqui - aparece apenas na nona colocação, com 23.054 pessoas. Não recorrerei à descrição da origem dos sobrenomes: quem tiver curiosidade, navega no site do IBGE - IBGE Cidades - e descobre muita coisa interessante sobre a Feira de Santana.
Somadas, as informações qualitativa e quantitativa contam um pouco sobre a origem da cidade, seu processo de formação histórica. É mais do que passatempo, a satisfação de uma curiosidade inútil. Sobre o sobrenome Santos - por exemplo - revela uma intensa presença de descendentes de judeus no Brasil, convertida ao cristianismo em solo europeu e curiosamente invisibilizada por aqui.
Enfim, as informações estão disponíveis e, quem quiser fazer suas próprias descobertas, pode acessar https://cidades.ibge.gov.br/ e aprender mais sobre a Feira de Santana, a Bahia e o Brasil.