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Economia

Taxa de desemprego cai para 5,4%; índice é o menor desde 2012

28 de Novembro de 2025 | 18h 33
Taxa de desemprego cai para 5,4%; índice é o menor desde 2012
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No trimestre encerrado em outubro, o Brasil atingiu a taxa de desemprego de 5,4%. Este é o menor índice registrado pela série histórica do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), iniciada em 2012.

O período de três meses terminou também com recorde no número de pessoas com carteira assinada e no rendimento médio do trabalhador. Os dados integram a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que foi divulgada nesta sexta-feira (28). Os destaques da pesquisa são:

 

- Desemprego no trimestre terminado em outubro caiu para 5,4%. No trimestre móvel anterior, terminado em setembro, era de 5,6%. No trimestre terminado em outubro de 2024, a taxa era 6,2%.

A maior taxa já anotada foi de 14,9%, atingida em dois períodos: nos trimestres móveis encerrados em setembro de 2020 e em março de 2021, ambos durante a pandemia de covid-19.

- O número de desocupados atingiu 5,910 milhões, menor contingente da série histórica. Esse total de pessoas representa queda de 11,8% (menos 788 mil pessoas procurando emprego) em relação ao mesmo trimestre de 2024. Já o total de ocupados ficou em 102,5 milhões, patamar recorde.

- O total de ocupados com carteira assinada chegou a 39,182 milhões, outro recorde da pesquisa.

- Massa salarial: o aumento do rendimento e o crescente número de ocupados fez com que a massa de rendimento, o total de renda dos trabalhadores, atingisse o recorde de R$ 357,3 bilhões, representando expansão de 5% em um ano.

Juro alto e renda na máxima – A coordenadora de pesquisas domiciliares do IBGE, Adriana Beringuy, destaca que a massa de rendimentos funciona como um estímulo na economia, de forma a ser um contraponto aos juros altos, que encarecem o crédito e tendem a esfriar a economia. "Ter essa massa em patamares elevados influencia o consumo", aponta.

A Selic, indicador que determina a taxa básica de juros, está em 15% ao ano. Este é o maior patamar desde 2006. Trata-se de um esforço do Banco Central (BC) para conter a inflação, que está, há 13 meses, acima da meta do Governo Federal, de 4,5% no máximo. 

Setores – Dos dez grupamentos de atividade pesquisados pelo IBGE, dois aumentaram a ocupação: construção (2,6%, ou mais 192 mil pessoas) e administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (1,3%, ou mais 252 mil pessoas). O único com redução foi o classificado como “outros serviços” (2,8%, ou menos 156 mil pessoas).

Mercado de trabalho – O IBGE apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo.

Pelos critérios do órgão, só é considerada desocupada a pessoa que efetivamente procurou uma vaga 30 dias antes da pesquisa. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal (DF).

Informalidade e recorde da previdência – No trimestre encerrado em outubro, a taxa de informalidade, isto é, a proporção de pessoas da população ocupada sem direitos trabalhistas, foi de 37,8%, o que significa 38,7 milhões de trabalhadores informais. É o mesmo patamar do trimestre encerrado em julho e móvel anterior e abaixo dos 38,9% do trimestre encerrado em outubro de 2024.

A pesquisa revela que o número de trabalhadores que contribuíram para institutos de previdência foi recorde. No trimestre encerrado em outubro, alcançou 67,8 milhões de pessoas.

Conforme Adriana Beringuy, em termos proporcionais, isto significa que 66,1% dos ocupados contribuíram para a aposentadoria, igualando o recorde atingido no trimestre encerrado em janeiro de 2016. "Isso está muito associado à retração maior da informalidade. Normalmente, os informais são os mais afastados da cobertura previdenciária", diz.

Caged – A Pnad foi divulgada no dia seguinte a outro indicador de comportamento do mercado de trabalho, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), elaborado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e que acompanha apenas o cenário de empregados com carteira assinada.

De acordo com o Caged, outubro apresentou saldo positivo de 85,1 mil vagas formais. Em 12 meses, o balanço é positivo em 1,35 milhão de postos com carteira assinada.

 

 

 

 

 

 

 

*Com informações da Agência Brasil.



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