Jamais seria leviano de não reconhecer a utilidade do Hospital Estadual da Criança. Qualquer vida salva é de uma importância infinita e claro que ao longo de seus anos de funcionamento ele já tem desempenhado um papel crucial na sobrevivência de muitas crianças e adolescentes.
Agora é inaceitável também que a instituição faça um atendimento tão aquém da demanda que um paciente comoPedro Lucas esteja esperando desde o terceiro dia de vida até os cinco anos de idade por uma cirurgia para solucionar uma questão grave.
O hospital alega ter grande demanda mas o governo do estado jamais o fez funcionar com toda a capacidade proposta inicialmente. Isso explica pelo menos parte desta fila tão longa de pacientes, que não anda.
E se um problema é de urgência mas não consegue solução porque não é emergência e não implica em risco de morte, o passar dos anos sem esta solução se encarregará de transformar a urgência em emergência. Aí talvez seja tarde demais para salvar mais uma vida.