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Glauco Wanderley

Obra pouca, meu pirão primeiro

Glauco Wanderley - 09 de Março de 2017 | 10h 42
Obra pouca, meu pirão primeiro

 

Desde Wagner, que venceu na Bahia no ano em que Lula se reelegeu no Brasil, o governo do estado pouco faz, mas muito se gaba. As verbas eram federais, mas a presidência era do PT e portanto estava tudo em casa. A gabolice mais descabida sempre foi no Minha Casa Minha Vida, programa com subsídio federal, financiado pela Caixa, executado por empresas e gerenciado pelos municípios no que diz respeito à organização/seleção dos beneficiários e mesmo na destinação dos empreendimentos de acordo com áreas que interessava ocupar. As casas e apartamentos construídos sempre entraram na publicidade do governo da Bahia, como se fossem feitos de Wagner e depois de Rui Costa.

Agora que o ex-aliado do PT, Temer, preside o país e a Bahia é ainda um baluarte do Partido dos Trabalhadores, os homens lá do Planalto querem se promover também como autores dos investimentos. Começando por Salvador, onde o governo do estado botou pra rodar o metrô (mérito de Rui Costa que destravou o projeto quando ainda era secretário de Wagner), mas com boa parte da obra financiada com recurso federal. Nos mesmos moldes, vem aí o BRT da capital (será que fica pronto antes do meio-BRT de Feira?), onde a negociação é com ACM Neto, aliado de Temer, e a propaganda federal vai fluir mais fácil (até porque o prefeito tem uma mágoa do tempo em que tentou sem sucesso obter o dinheiro para a obra, quando Dilma ainda era presidente).

Parte fundamental da estratégia cabe a Antônio Imbassahy, que herdou o lugar de Geddel e hoje, ao lado do ministro das Cidades, Bruno Araújo e visita as obras do metrô e se reúne com o prefeito ACM Neto.

Juntando tudo, é muito pouco, mas se o PT de Rui pode se promover, o PMDB de Temer também pode.



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