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Glauco Wanderley

Ronny reclama de comentário sobre a volta da reeleição para presidência da Câmara

Glauco Wanderley - 18 de Março de 2017 | 13h 51
Ronny reclama de comentário sobre a volta da reeleição para presidência da Câmara
Foto: Reprodução

 

O presidente da Câmara, Ronny, ligou esta semana para o programa Levante a Voz, para rebater comentários do radialista Nivaldo Lancaster, que apresenta o programa matinal na Rádio Sociedade, ao lado de Luiz Santos.

Lancaster criticou o fato da Câmara ter voltado a permitir a reeleição para a presidência, que tinha sido proibida em dezembro. Disse que Ronny não sustentava em pé o que dissera sentado, devido à rapidez com que as regras foram alteradas. A expressão fora usada pelo articulista César Oliveira em sua coluna na Tribuna Feirense, tratando do mesmo assunto, referindo-se, no entanto, à Câmara como um todo.

Ronny fez no telefonema um histórico das três eleições que disputou, com votação crescente e avaliou que isto era uma evidência de que sua palavra tem valor para milhares de eleitores que lhe confiam o voto.

Em tom de ofendido, prosseguiu: “Respeito qualquer tipo de questionamento, nunca discuti. Sou um homem simples, tenho humildade, na minha vida provei ter humildade, agora pelo respeito que tenho a você, acho que você também sempre me teve respeito, você dizer que o que falo sentado não sustento em pé, acho que não pega bem. Porque eu tenho um filho de 10 anos, acho que você deve ter filho. Tenho filha, esposa, pai e mãe. E 8.213 pessoas que confiaram em mim. Você dizer que o que falo sentado não falo em pé! Eu nunca dei motivo para homem na vida em Feira de Santana, mexer com minha honra particular. Compreendo, respeito, mas não concordo com suas colocações. Apesar de que respeito. Quero lhe dizer que não sou homem de me agachar para ninguém, pra depois levantar e não sustentar com minha palavra. Não uso esse tipo de linguajar. Obrigado e bom dia”.

Lancaster respondeu sustentando que sua expressão cabia, já que os vereadores mudaram rapidamente as regras do jogo.

PALAVRA SEM VALOR

Ronny tem todo o direito de não gostar da expressão. Só não pode evitar que qualquer pessoa chegue à mesma conclusão que seus críticos. São os vereadores que desvalorizam o processo legislativo e o transformam em um mero instrumento de sua conveniência, quando no intervalo de poucas sessões alteram radicalmente as regras mais elementares da administração da casa. Não há como justificar que em dezembro eles sejam quase unânimes em um entendimento contrário à reeleição e poucas sessões após o início de nova legislatura, estejam convencidos do contrário, sem qualquer fato ou debate que justifique a guinada. 

Publicamente, pelo menos, nunca ocorreu nada que justifique. Claro que a única interpretação possível é de que ao suspender por alguns dias a possibilidade de reeleição no final do ano passado, o presidente da Câmara praticou uma manobra ilusionista para aplainar o caminho de sua eleição em 01 de janeiro. Truque agora desfeito, por desnecessário.

É bem verdade que 8.213 eleitores lhe confiaram o voto nas urnas em outubro. Se Ronny entrar na mesma disputa em 2020, talvez esse número se amplie. A questão é se no quadriênio entre uma eleição e outra, o eleitor presta atenção no que ele e os colegas fazem.



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