Um estudo acaba de mostrar que 11% da população baiana vive
em estado de " insegurança alimentar", um eufemismo para fome. No
Nordeste esse número chega a 21%. A situação mostra que a fome não foi
erradicada e que ainda impacta de forma significativa a vida das pessoas como
divulga o governo federal. A Bahia, felizmente, tem um índice menor do que o
Nordeste.
O pesquisador Silvio Porto, ex-membro da CONAB, destaca, no entanto, que é possível inferir que o fato de a Bahia ter uma população rural ligada à agricultura familiar camponesa contribui para esse cenário. “No caso específico da Bahia, possivelmente, nós temos uma capacidade de autonomia alimentar, ou uma relação de produção e disponibilidade de alimentos nessas residências rurais talvez mais vantajosa. Estou dizendo talvez porque precisaria ser efetivamente aferido”, afirma.
A fome, em um país com uma produção agrícola tão significativa, é um retrato da nossa incapacidade de atender de forma signficativa as necessidades básicas da população.