O Ministério Público da Bahia (MPBA) cumpriu, nesta sexta-feira (12), dois mandados de busca e apreensão em Salvador como parte de uma investigação sobre tentativa de manipulação de resultados esportivos envolvendo o Londrina Esporte Clube, do Paraná. As ações foram realizadas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), em endereços ligados a um empresário suspeito de tentar aliciar atletas do time paranaense.
A operação é resultado de investigações conduzidas pelo Núcleo Regional de Londrina do Gaeco do Ministério Público do Paraná (MPPR) e contou com o apoio do Comando de Policiamento em Missões Especiais da Polícia Militar da Bahia, por meio do Batalhão de Policiamento de Choque. No total, seis mandados foram cumpridos: dois na capital baiana e outros quatro em Itapema (SC), sob responsabilidade do Gaeco do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC).
Segundo o Gaeco paranaense, o empresário e um comparsa ofereceram R$ 15 mil a, pelo menos, um jogador do Londrina para que ele cometesse uma falta e recebesse um cartão amarelo nos primeiros 27 minutos da partida contra o Maringá, realizada no dia 26 de abril pela terceira rodada da Série C do Campeonato Brasileiro. O jogo terminou empatado em 1 a 1, e a proposta teria sido feita horas antes do início da partida.
As investigações tiveram início após o Londrina denunciar o caso à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A entidade encaminhou as informações à Polícia Federal em Londrina, que repassou o material ao Gaeco, apontando a suspeita de tentativa de manipulação de resultado esportivo. Os envolvidos são investigados por crimes previstos nos artigos 198, 199 e 200 da Lei Geral do Esporte (Lei nº 14.597/2023), que tratam de condutas que atentam contra a incerteza do resultado em competições esportivas.