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Lula faz críticas a sanções e diz que Brasil resiste na defesa da democracia

23 de Setembro de 2025 | 16h 54
Lula faz críticas a sanções e diz que Brasil resiste na defesa da democracia
Foto: Ricardo Stuckert/PR

Ao discursar na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou as sanções unilaterais dos Estados Unidos e afirmou que o mundo assiste ao aumento do autoritarismo.

O chefe de Estado brasileiro destacou, ainda, que “o multilateralismo está diante de nova encruzilhada” e sinalizou que a autoridade da ONU está em risco. “A autoridade desta organização está em xeque. Assistimos à consolidação de uma desordem internacional marcada por seguidas concessões a política do poder, atentados à soberania, sanções arbitrárias. E intervenções unilaterais estão se tornando regra”, advertiu.

Para Lula, há “um evidente paralelo” entre a crise do multilateralismo e o enfraquecimento da democracia. “O autoritarismo se fortalece quando nos omitimos frente a arbitrariedades. Quando a sociedade internacional vacila na defesa da paz, da soberania e do direito, as consequências são trágicas”, alertou.

O presidente avaliou, ainda, a atual conjuntura política mundial e destacou a resistência do Brasil frente a uma nova ameaça totalitarista. “Em todo o mundo, forças antidemocráticas tentam subjugar as instituições e sufocar as liberdades. Cultuam a violência. Exaltam a ignorância. Atuam como milícias físicas e digitais e cerceiam a imprensa. Mesmo sob ataques sem precedentes, o Brasil optou por resistir e defender sua democracia, reconquistada há 40 anos pelo seu povo, depois de duas décadas de governos ditatoriais”, frisou.

Sanções – Ao falar sobre sanções, Lula se referia aos embargos econômicos aplicados pelo governo norte-americano. Ao Brasil, o presidente Donald Trump impôs uma tarifa de 50% aos produtos nacionais importados pelos Estados Unidos. Ele também criticou as tentativas de interferência no Poder Judiciário brasileiro.

Para tentar demover o Supremo Tribunal Federal (STF) de condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) por golpe de Estado e outros crimes, Trump impôs, em julho, a Lei Magnitsky ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo.

O mecanismo é previsto na legislação estadunidense e costuma ser usado para punir, unilateralmente, supostos violadores de direitos humanos no exterior. Entre outros pontos, a medida bloqueia bens e empresas dos alvos da sanção em território norte-americano.

O governo dos Estados Unidos também cancelou o visto de diversos ministros do STF, entre eles, Gilmar Mendes, Cármen Lúcia, Flavio Dino, Cristiano Zanin, Dias Toffoli, Luis Roberto Barroso e Edson Fachin.

Ontem (22), o governo estadunidense anunciou sanções também à esposa do ministro Alexandre de Moraes, a advogada Viviane Barci de Moraes. O governo brasileiro reagiu, afirmando ter recebido a notícia com profunda indignação e destacando que o país “não se curvará a mais essa agressão”.

 

 

 


*Com informações da Agência Brasil.



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