 
                Durante discurso na abertura da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (23), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse que não há justificativa para “medidas unilaterais e arbitrárias” direcionadas a instituições e à economia brasileira.
Também destacou que a agressão contra a independência do
Poder Judiciário brasileiro é inaceitável. “Essa ingerência em assuntos
internos conta com o auxílio de uma extrema direita subserviente e saudosa de
antigas hegemonias. Falsos patriotas arquitetam e promovem publicamente ações
contra o Brasil. Não há pacificação com impunidade”, lembrou.
Lula enfatizou, ainda, que, pela primeira vez em 525 anos da
história do Brasil, um ex-chefe de Estado foi condenado por atentar contra o
Estado Democrático de Direito. “Foi investigado, indiciado e julgado.
Responsabilizado por seus atos, em um processo minucioso. Teve amplo direito de
defesa, prerrogativa que as ditaduras negam às suas vítimas”, ressaltou.
Com isso, Lula frisou que, “diante dos olhos do mundo, o
Brasil deu um recado a todos os candidatos autocratas e àqueles que os apóiam”.
E afirmou que o Brasil é um país soberano e independente. “Nossa democracia e
nossa soberania são inegociáveis. Seguiremos como nação independente e como
povo livre de qualquer tipo de tutela. Democracias sólidas vão além do ritual
eleitoral. Seu vigor pressupõe a redução das desigualdades, a garantia dos
direitos mais elementares”, afirmou.
O presidente fez menção à recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PT), por tentativa de
golpe de Estado e outros quatro crimes. Bolsonaro foi julgado pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) no início de setembro e foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão. Outros sete réus acusados
de participação na trama golpista também foram condenados, no âmbito do mesmo
processo.
Lula também citou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que
está nos Estados Unidos desde o mês de março, atuando contra o país, junto ao
governo Donald Trump, para impor medidas de retaliação ao Brasil.
Nesta segunda-feira (22), Eduardo
Bolsonaro foi denunciado, pela
Procuradoria-Geral da República (PGR), juntamente com o blogueiro Paulo
Figueiredo, por coação. As investigações foram conduzidas pela Polícia Federal (PF), que já tinha indiciado o
parlamentar, em agosto.
*Com informações da
Agência Brasil.
 
                         
                         
                         
                        