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Justiça

Ex-presidente do INSS é apontado como peça-chave em esquema bilionário de fraudes e recebia até R$ 250 mil por mês, diz PF

14 de Novembro de 2025 | 12h 07
 Ex-presidente do INSS é apontado como peça-chave em esquema bilionário de fraudes e recebia até R$ 250 mil por mês, diz PF
Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

A nova fase da investigação da Polícia Federal sobre o esquema de fraudes bilionárias envolvendo descontos indevidos aplicados em benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) tem como um dos principais alvos o ex-presidente da autarquia, Alessandro Antonio Stefanutto, preso na quinta-feira (13). A informação foi divulgada pelo portal InfoMoney.

Documentos encaminhados pela PF ao Supremo Tribunal Federal (STF) apontam que Stefanutto recebia até R$ 250 mil mensais em propinas pagas pela Conafer, entidade conveniada ao INSS que operava descontos irregulares mediante autorizações falsificadas, segundo o portal g1.

De acordo com a investigação, Stefanutto era uma peça central no funcionamento do esquema, estruturado a partir de um acordo de cooperação firmado com o INSS em 2017. Mensagens interceptadas, planilhas apreendidas e ordens de pagamento sem comprovação de filiação reforçam a suspeita de repasses mensais destinados ao ex-presidente — alguns deles disfarçados por meio de empresas e até de uma pizzaria.

Apenas por meio da Conafer, estima-se que tenham sido desviados cerca de R$ 640 milhões entre 2017 e 2023. O esquema envolvia falsificação de fichas de filiação, inserção de dados fraudulentos no sistema do INSS e distribuição dos valores por meio de empresas de fachada e intermediários.

Apurações da PF e da Controladoria-Geral da União (CGU) indicam que o conjunto de entidades envolvidas pode ter desviado até R$ 6,3 bilhões entre 2019 e 2024. A fraude se baseava na inclusão de autorizações de desconto supostamente assinadas por segurados, mas usadas para justificar cobranças mensais nunca autorizadas.

Quem foi preso

A operação desta quinta-feira cumpriu mandados contra ex-dirigentes do INSS, empresários e operadores financeiros ligados à Conafer e a outras entidades:

  • Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS

  • Antônio Carlos Antunes Camilo, conhecido como “Careca do INSS”

  • André Paulo Felix Fidelis, ex-diretor de Benefícios

  • Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, ex-procurador-geral do INSS

  • Thaisa Hoffmann, empresária e esposa de Virgílio

  • Vinícius Ramos da Cruz, presidente do Instituto Terra e Trabalho (ITT)

  • Tiago Abraão Ferreira Lopes, diretor da Conafer

  • Cícero Marcelino de Souza Santos, empresário ligado à Conafer

  • Samuel Chrisostomo do Bonfim Júnior, também ligado à Conafer

As investigações seguem sob sigilo no Supremo Tribunal Federal.


  



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